Quando a ideia de fazer um intercâmbio começa a ficar mais concreta, a quantidade de informações que recebemos aumenta a cada dia, proporcionalmente às nossas dúvidas. Qual agência é mais confiável, se a escola é realmente boa, como estão as oportunidades de trabalho, se as pessoas são receptivas e por aí vai… Isso tudo pode acabar nos deixando esquecer outros cuidados importantes para antes da viagem e também os primeiros meses no exterior.
Para te ajudar com aquele check list básico, com coisinhas que vão muito além de questões diretamente ligadas ao intercâmbio, vamos contar neste post alguns cuidados extras com pontos imprescindíveis, para que a sua partida aconteça sem grandes preocupações.
É comum, no caso de brasileiros que estavam trabalhando e deixaram a empresa para fazer o intercâmbio, contar com as parcelas do Seguro Desemprego para dar uma ajuda no orçamento para o intercâmbio. Muitos até fazem acordos, pegam certo valor emprestado e fazem um “bem bolado” para que alguém de confiança resgate a quantia todo mês, para repor o empréstimo.
No entanto, contar com esse dinheiro, caso você ainda não tenha cadastrado a senha do seu Cartão Cidadão até a data de embarque, pode ser um risco. Conforme informações da Caixa Econômica Federal, somente o titular pode fazer o cadastro da senha com o cartão em mãos. Como as parcelas não são acumulativas, você pode acabar perdendo o benefício por não conseguir sacar o dinheiro.
Nós já esclarecemos sobre a importância da procuração aqui. Para providenciar a sua, basta se dirigir a um cartório de confiança e requisitar o documento, de acordo com as suas necessidades. Esse documento é algo muito delicado, mas necessário, já que alguns assuntos podem ficar pendentes no Brasil – ou outros podem surgir inesperadamente durante a sua viagem. É sempre bom ter uma pessoa de confiança que poderá responder por você. Vale lembrar, ainda, que em alguns casos, principalmente para declarações para a rede bancária, você deve ficar atento às exigências específicas de cada instituição.
A maioria dos brasileiros em Dublin divide apartamento com pessoas outras pessoas. Normalmente, a tarefa de recolher o dinheiro das contas da casa acaba ficando com a pessoa que está morando há mais tempo, mas isso não quer dizer que você não possa ajudar na organização. Além de não sobrecarregar uma pessoa só, você se mantém a par de tudo. Tenha o número do telefone do landlord (a pessoa que vai tratar direto de assuntos sobre o aluguel da casa com vocês). É importante sanar qualquer dúvida em relação ao dia de pagamento, valores, custos extras, coisas para consertar na residência, etc.
Não deixe de questionar, também, sobre a taxa do lixo, sobre custos com aquecedor ou qualquer outro custo extra. Como geralmente a negociação acontece no boca a boca e sempre há uma circulação natural de novos inquilinos, não é difícil escutar por aí relatos de desentendimentos. Da mesma forma, se algum flatmate estiver para mudar da casa, prefira acertar todas as contas abertas, como luz e internet, referentes ao período em que ele ainda estiver morando com você. Isto pode evitar confusões, já que em muitos lugares a energia elétrica, por exemplo, não é cobrada mensalmente e pode ficar difícil calcular o valor justo, caso muito tempo se passe – principalmente depois dele ter ido embora.
Ao chegar ao seu destino, não caia na tentação de viajar para outros países sem antes estar com o seu visto de estudante em mãos. Sair do país será sempre tranquilo, mas você pode sofrer consequências na hora do retorno se não estiver sempre com tudo certinho. Além disso, fique de olho na validade do seu visto. A imigração costuma ser severa em relação aos prazos. No caso da Irlanda, sempre que você sair do país, ao retornar precisará mostrar seu passaporte e Irish Residence Permit- IRP (o visto). Esteja preparado para responder, por exemplo, qual o motivo de você estar viajando durante a semana se você está estudando. Ter o endereço atualizado na imigração também é algo importante.
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