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40 anos e com a mochila nas costas: Partiu Paris

Os desafios daqueles que decidem encarar o intercâmbio na maturidade

Por Fabiano de Araújo

Viajar também é uma das facilidades de se morar na Europa

Além de aprender um novo idioma e conhecer uma nova cultura, um intercâmbio na Europa também pode lhe proporcionar a possibilidade de viagens incríveis. Conhecer outros países, outras cidades e ainda mais culturas, diferentes da que você está se inserindo, também faz parte do pacote – e enriquece ainda mais o nosso conhecimento.

Eu já havia viajado pelo Europa há alguns anos, fazendo uma viagem de mochilão em meio às aventuras da juventude. Foram 5 países, 5 cidades e muitos check-ins pelo velho continente. Mas agora, mais maduro e com 4 meses estudando inglês, resolvi sair da Ilha Esmeralda e testar o idioma em outro país, afinal de contas o inglês é universal – e nada melhor que saber se o que estamos aprendendo é compatível em um país onde também é necessário que as pessoas saibam se comunicar no idioma universal. Sendo assim, resolvi encarar a cidade luz e fui para Paris, na França.

Existe um certo ditado que diz que os franceses não gostam de se comunicar em inglês, mas confesso que não notei essa discriminação. Em todos os lugares por onde andei e me comuniquei em inglês fui muito bem recebido. Mas claro que eu sempre iniciava a conversa com a pergunta clássica “Do you speak English?”.

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Aliás, como já havia mencionado, eu já estive na França antes e já havia visitado todos os pontos chaves de um mochilão. Então dessa vez resolvi fazer diferente. Resolvi pegar um metro que me deixasse no ponto oposto de onde eu estava hospedado, para que eu pudesse voltar caminhando para minha acomodação e desfrutando o ar parisiense.

Paris é uma das cidades que mais recebe turistas do mundo todo

É muito engraçado a gente, agora mais maduro, retornar a um lugar que visitou quando era bem jovem. Nesse momento vejo tudo com um outro olhar, o olhar de quem quer conhecer, perguntar, apreciar e não fazer tudo na correria – porque antes tinha de fazer tudo às pressas, já que existia um destino escrito no roteiro.

Diferente, também, foi que no passado eu estava com mais 2 amigos brasileiros e sempre um dizia algo, facilitando o entendimento e a comunicação. Agora estava somente eu, sem saber falar francês, apenas com o meu inglês de 4 meses e acreditem, foi maravilhoso!

m todos os pontos turísticos por onde eu passei e pedia informações, as pessoas atenciosamente respondiam, e mesmo com o meu inglês pré-adolescente, eles se comunicavam tentando ajudar. O engraçado é que no meio da frase sempre rolava uma palavra na língua nativa, onde a pessoa ficava tentando relembrar a resposta em inglês. Percebi que essa dificuldade não é só nossa quando estamos nos comunicando em outro idioma e a palavra em português gruda e não lembramos o seu significado.

Independente do país que você escolha viver e da sua nacionalidade, o que deve ficar claro é que o idioma internacional oficial ainda é o inglês. Em qualquer lugar onde você estiver, terá alguém que conheça a língua e poderá lhe ajudar na pior das situações. É nesse momento que você descobre que todo o investimento está começando a dar resultado. A gente se sente diferente, se sente realizado. Nos sentimos cidadãos do mundo, porque agora a gente entende e sabe se comunicar.

Arrisque você também uma viagem pelos países da Europa, teste o seu novo idioma. Você verá o resultado e o fantasma do “será que eu falei certo?”, vai levar um susto e vai rir muito. Boa viagem!

Esse texto faz parte da série Dublin para Maiores, assinado pelo nosso colunista Fabiano de Araújo e conta a perspectiva daqueles que decidem fazer intercâmbio na maturidade.

Sobre o autor:
Fabiano de Araújo é gaúcho de carteirinha, mas catarinense de coração. Formado em Comércio Exterior, trabalhou 10 anos com exportação. Um belo dia resolveu largar tudo e encarar um intercambio próximo dos 40 anos, como forma de entrar na melhor idade realizando sonhos. Amante por viagens inesperadas está sempre com uma mochila pronta para encarar desafios. Resolveu compartilhar de sua aventura com os demais por acreditar que nunca é tarde para realizar sonhos.

Revisado por Tarcisio Junior
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