O Brasil entrou no segundo turno das eleições presidenciais no último dia 2 de outubro e segue em campanha até o próximo dia 30, quando será decidido se Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), ou Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), será o presidente da República Federativa do Brasil a partir de 2023.
No meio do processo eleitoral, entram as notícias falsas, as chamadas “fake news”, utilizadas para tentar convencer, com mentiras, o eleitor.
É possível, porém, conseguir identificar uma notícia falsa.
O edublin mostra alguns passos para analisar uma informação recebida e confirmar sua veracidade antes de compartilhar para amigos e familiares.
Geralmente, as informações falsas vêm com “cara” de falsas e é simples perceber que estamos lidando com uma “fake news”. Manchetes chamativas, fotos apelativas e a gravidade da informação.
Exemplo.: “Candidato Fulano afirma que vai doar seu salário para os pobres”. Oras, não é todo dia que vemos uma notícia dessa. É de se desconfiar, não é mesmo? Antes de acharmos uma maravilha (ou um absurdo) devemos pensar um pouco: “mas será que é verdade?”
Outras vezes, o criador de uma notícia falsa pode manipular algumas palavras para deixar a notícia difícil de ser identificada como falsa. Aí é preciso um senso maior de apuração. Mas em geral a regra é: seja crítico e sempre desconfie.
Leia também: Eleições 2022: como justificar o voto no exterior?
O primeiro passo do combate à “fake news” é a checagem da fonte. Recebemos informações vindas de diversos sites, redes sociais e afins durante todo o nosso dia. Mas de onde será que estas informações vêm?
O processo pode ser bem simples. Se veio de algum website, acesse-o e confira seu conteúdo.
Muitas vezes, as notícias vêm de blogs onde não há provas (fontes, entrevistas, dados concretos de institutos de pesquisa, etc), apenas textos comentando fatos sem comprovação.
Nesse caso, é muito provável que a notícia seja falsa. Esses blogs também possuem sempre uma vertente ideológica forte (esquerda, direita, religioso, ateu, reacionário, liberal, etc) e usam de má fé para impor suas opiniões com informações inverídicas.
Tais informações também podem surgir aleatoriamente em perfis de redes sociais como Facebook ou Twitter.
Neste caso, verifique a conta de onde o conteúdo foi originalmente compartilhado:
Lembrando que opinião não é fato. Então tome cuidado quando coloca como fonte a opinião de alguém, seja ela quem for. Se opinião não é fato, agressão e mentira não é opinião, mas calúnia e difamação.
Lembre-se sempre disso!
Voltemos ao exemplo citado acima: “Candidato X afirma que vai doar seu salário para os pobres”. Essa é uma notícia de importância nacional, portanto, deve estar sendo veiculada em grandes veículos do Brasil.
Afinal, todos teriam interesse em mostrar que um candidato à presidência estaria fazendo o bondoso gesto de oferecer seu salário aos pobres. Portanto, procure saber se essa informação foi publicada na grande imprensa (Folha de SP, G1, Estadão, Correio Braziliense, O Globo, etc).
O leitor pode pensar: “mas a grande mídia não noticia tudo”. Tudo bem, existem ótimas opções de mídia independente no Brasil, que optam pelo profissionalismo e o jornalismo levado a sério, com fontes e checagem de fatos.
Exemplos: Centro de Mídia Independente, Nexo, Jornalistas Livres, Mídia Ninja, entre outras.
Assim como as informações textuais, vídeos e fotos podem ser alterados para tentar convencer alguém sobre uma ideia, assim como denegrir a imagem de um adversário.
Por isso, é importante ficar atento. Na mais breve dúvida sobre a veracidade, desconfie e procure encontrar um vídeo completo. Por exemplo, não se contente com um trecho de uma entrevista onde alguma personalidade diz algo impressionante. Busque a entrevista completa e ouça na íntegra o que a pessoa disse ou quis dizer.
No caso de fotos, é possível encontrar a versão verdadeira de uma foto editada. Uma dica é usar o Google Imagens, buscando fotos semelhantes àquela recebida para encontrar a original. O processo é simples e rápido.
O WhatsApp é um dos aplicativos mais populares entre os brasileiros.
Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua de 2016, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), 94,5% dos brasileiros com acesso a internet têm como hábito utilizar o WhatsApp como principal ferramenta online.
Outra pesquisa – Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP (Universidade de São Paulo) – mostrou que 51% das pessoas recebem informações em grupos de família no WhatsApp, 32%, em grupos de amigos, 9% em grupos de colegas de trabalho e 9% em grupos ou mensagens diretas. E são essas as informações servem de fonte de notícia para muita gente.
O WhatsApp se tornou um veículo de disseminação rápida de notícias falsas, por atingir diretamente o leitor com uma mensagem instantânea.
Por isso, é preciso evitar utilizar o aplicativo como fonte “cega” de notícias.
Com o aumento no número de “fake news” pela internet, muitos sites começaram a aparecer como verificadores de informações. Esses sites trabalham com jornalistas e comunicadores que buscam as fontes do boato espalhado e mostram a comprovação do resultado ou não. Os próprios veículos se viram obrigados a criar espaços exclusivos para informar seus leitores da veracidade de notícias recebidas via redes sociais.
Até mesmo o Facebook lançou uma cartilha para identificar notícias falsas e tem intensificado o trabalho de remoção de páginas que fomentem esse tipo de ação.
O movimento é internacional e já existe uma rede mundial de checagem de fatos, a International Fact-Checking Network (IFCN).
Ao perceber minimamente que uma informação não é verídica, não compartilhe. Muitas vezes temos aquela ansiedade de multiplicar uma novidade, encaminhando para amigos e parentes via WhatsApp ou Facebook aquela manchete sensacionalista. Informar algo errado é dar voz a pessoas que agem com má fé para argumentar suas ideias de forma mentirosa. Não seja cúmplice disso.
Quando identificar as “fake news”, impeça sua disseminação. O combate à “fake news” é um dos mais importantes da atualidade. Elas podem eleger políticos, acabar com reputações e até matar. Isso sim deve ser compartilhado!
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