A gastronomia diz muito sobre a cultura e história de um povo e adicionar umas pitadas extras de conhecimento ao seu intercâmbio não é nada mal. Os pratos típicos regionais sempre atraem turistas, já que todo mundo gosta de uma ótima refeição – e melhor ainda quando é possível encerrá-la com uma deliciosa sobremesa .
Aliás, a rigorosidade da confeitaria, com medidas tão precisas, fica de lado depois das vitrines de doces tão belos criados pelos chefs durante anos até que puderam difundir sua ‘arte’ em meados do século 19, já que o açúcar era um artigo raro, importado das Américas. Não por menos, algumas se tornaram tão clássicas e chamam a atenção até hoje, como o bolo de chocolate Sacher, os doces dos conventos portugueses, entre outros.
Hoje teremos um roteiro de gostosuras pela confeitaria europeia, o berço da ‘ala doce’ da gastronomia, com 8 sobremesas que você tem que conhecer em sua passagem pela Europa!
Diretamente da Ilha Esmeralda, um bolo repleto de frutas secas em uma massa bem úmida, que serve de recheio para outra massa mais adocicada. O Gur Cake, também conhecido como gudge ou donkey’s gudge em outras regiões do país, é considerado um doce tradicional e leva esse nome graças aos estudantes que ‘cabulavam’ aulas, chamados gurriers.
As tortinhas irlandesas são conhecidas pela época do Natal e contém recheio de frutas secas, maçã, gengibre, canela, raspas de casca de laranja e suco. As Mince Pies são encontradas facilmente nos mercados e confeitarias. Para quem está com voo marcado para a Irlanda neste final de ano, já pode se animar para experimentar essa delícia.
Diretamente da Áustria, é uma das sobremesas de chocolate mais conhecidas – e reproduzidas – do mundo. Trata-se de um pão de ló (bolo de massa bem leve) com camadas de geleia de damasco e chocolate amargo. É feita desde 1877 no Hotel Sacher (daí o nome), o que transformou o lugar num dos pontos turísticos de Viena. Se você tem uma viagem programada pra lá, não deixe de provar.
Imortalizado em uma das cenas de O Poderoso Chefão (1972), o Cannoli é uma das sobremesas italianas mais consumidas. Trata-se de uma massa frita (parecida com a massa de pastel) em formato de cano (cannoli). Recebe variados recheios, porém o mais tradicional leva creme, ricota e frutas cristalizadas. Experimente com um expresso – bem à moda dos italianos!
Se a sua conexão for a Holanda, não deixe de conhecer a versão holandesa do waffle, o Stroopwafel. São finos waffles, que mais parecem um biscoito, com recheio de stroop, uma calda de açúcar e especiarias bem tradicional por lá. É possível encontrar a iguaria por todo lugar, desde confeitarias, restaurantes, lojas de souvenirs e nas feiras e barracas de comida de rua. A primeira vez que provei um desses foi em um voo do Rio de Janeiro para Amsterdã, dentro do avião mesmo. Uma delícia!
Uma mania dos holandeses é consumi-lo juntamente com uma xícara de chá ou café: posicione o Stroopwafel sobre a xícara e aguarde uns minutos até que o calor da bebida aqueça o recheio.
A França talvez seja uma das ‘maiores confeiteiras’ do Velho Continente. É de lá que vem os éclairs, profiteroles, tarte tartin, entre outros. Um dos doces mais conhecidos é o Macaron – que para a ironia da história foi inventado pelos italianos. Catarina de Médici foi a responsável por apresentar o doce à nata parisiense, que tratou de aperfeiçoá-lo.
Feito de claras, açúcar e farinha de amêndoas, essa delicadeza requer muita prática e habilidade do cozinheiro, ou melhor, do patissiêr. De aparência simples, o ‘suspiro’ pode vir recheado de creme, geleias, chocolate ou outras surpresas. Não saia da França sem provar um. Entre os mais conhecidos, está o da famosa confeitaria Ladurée, que funciona desde 1862.
O bolo Floresta Negra é de longe um preferidos entre os brasileiros. Uma vez em um voo de São Paulo para Berlim conheci uma brasileira que me contou sobre a versão original do Schwarzwälder Kirschtorte – esse é o nome em alemão para o Floresta Negra. Esse famoso bolo de chocolate é tradicional na Alemanha e na Suíça e tem como um dos principais ingredientes o licor de cerejas (kirsch). A massa é feita de chocolate meio amargo, que é molhado pelo licor e ainda recebe uma cobertura de creme (chantilly) e a própria cereja: uma combinação quase perfeita!
Os doces portugueses têm como tradição o uso de ovos – seja no creme, na massa, ou cobertura – e têm como berço os conventos locais. Uma das principais referências é o Pastel de Belém, ou Pastel de Nata, que leva esse nome devido a um convento localizado próximo ao Mosteiro dos Jerônimos, onde fica a Torre de Belém, em Lisboa.
Muitos conventos foram desfeitos no século 19, mas a tradição seguiu firme. A massa crocante recebe um delicioso creme feito a base de ovos, leite, açúcar e canela. Nada como consumi-los mornos acompanhados de um bom café.
Qual seu preferido?
Imagens via Dreamstime
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