A decisão foi tomada e você está animado. Você já juntou o dinheiro e está pronto para embarcar na aventura de viver em um país estrangeiro. Você leva na bagagem muita expectativa, roupa de frio e vontade de aprender… Isso é o suficiente? Bem, sinto informar, mas nem sempre é assim.
Mudar de país, mesmo que por alguns meses, pode ser muito mais intenso emocionalmente do que esperamos. O objetivo parece estar claro e estamos dispostos a enfrentar as dificuldades. Contudo, muitas vezes, elas vêm de onde menos esperamos e demoramos mais tempo para começar a colher os frutos desse investimento de tempo e dinheiro.
Cláudia (nome fictício) saiu do Brasil para a Escócia com a intenção de aprender inglês. Ela guardou dinheiro, organizou a vida na terrinha e foi com planos de ficar seis meses e depois ver se dava para ficar mais.
Queria trabalhar para ganhar um dinheirinho e financiar umas viagens pela Europa, porque, uma vez lá, é tudo pertinho, né?! Logo que chegou, Cláudia achou tudo fantástico e, durante as primeiras semanas, sentiu-se ótima, conheceu um monte de gente nova.
À medida que as semanas foram passando, Cláudia começou a perceber que o sotaque escocês era muito difícil. Muitas vezes, ela precisava pedir para as pessoas repetirem duas ou três vezes para que ela começasse a entender o que diziam. Fazer supermercado era difícil, pois eram tantas opções de queijos, leites e coisas diferentes que ela saía do supermercado cansada de tanto ter que pensar no que comprar.
E aí chegou o inverno… Os moletons que ela trouxe do Rio de Janeiro não davam nem para esquentar o dedinho do pé. Sair na rua com aquela chuva era um desafio — e o pior era tentar segurar o guarda-chuva com todo aquele vento. Ela vivia com os sapatos molhados, cheia de casacos. Ficou gripada não sei quantas vezes e chegou num ponto que só tinha vontade de ficar em casa. Claro que, nas mensagens que ela mandava para os amigos e a família, ela contava que estava tudo bem, mas lá no fundo ela começou a duvidar se tinha tomado a decisão certa de ir para a Escócia.
Esta pequena história pode acontecer com qualquer um e em qualquer lugar se não soubermos claramente nossos objetivos e nossos valores… se não tivermos uma ideia clara do que estamos dispostos a abrir mão numa viagem para fora do país. Ter nossos objetivos transparentes e saber do que estamos dispostos a abrir mão (e também do que NÃO estamos dispostos) pode ser uma missão difícil se for feita sozinho.
Nosso raciocínio idealiza e a gente esquece (de propósito ou não) de fazer aquelas perguntas difíceis para tomar uma decisão. Também tem a pressão dos outros — um amigo ou familiar que nos convence de ir para algum lugar porque ele foi e achou muito legal!
Nessas horas, o coaching é um recurso que pode ajudar muito. Por ser um método para atingimento de metas que se baseia em perguntas, o coach ajuda a mapear os objetivos de acordo com os seus valores. Assim, você poderá traçar um plano de ação e colocar tudo em prática com prazos e de forma consciente.
No caso da Cláudia, fazer o coaching poderia tê-la ajudado a pensar sobre questões práticas de sua experiência — dificuldade do sotaque, clima, custo de vida. Investir no planejamento da sua viagem, como a escolha do lugar mais adequado para seus objetivos, pode ser a diferença entre voltar para casa com a sensação de que ainda não conseguiu cumprir a sua missão ou realmente atingi-la.
Para você que está nessa fase de decidir viajar, existem algumas coisas que podem ser feitas para esclarecer seus objetivos. Escrever um diário ajuda muito — e requer disciplina e desprendimento para refletir de forma imparcial sobre tudo aquilo que você escreveu. Pesquisar profundamente sobre o país para onde você quer ir também é fundamental — e não estou falando dos guias de turismo! Veja filmes, conheça as dificuldades e as felicidades de viver lá, converse com outras pessoas que já foram. Ninguém melhor que elas para dar uma luz.
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