Você chegou à Irlanda, está feliz da vida, cheio de expectativas, já conseguindo falar alguns frases em inglês, mas emprego que é bom, nada. Passa o primeiro, o segundo, o terceiro mês e você já começa a repensar as coisas… Se identificou? Isso acontece com muitos intercambistas. Esse é o momento em que o otimismo vacila e dá espaço a pensamentos negativos – e muitos até desistem e acabam voltando correndo para o Brasil.
Se você está nessa fase achando que nada vai acontecer, pare, respire e aprenda algumas dicas para não entrar em pânico!
Da mesma forma que acontece no Brasil, recebemos diversos “nãos” na hora de procurar emprego. Nada surpreendente, não é?
A primeira coisa que todo intercambista deve aprender é: acreditar em pensamento positivo é importante, mas nessa vida longe de casa, também é preciso agir! Dessa forma, todas as ferramentas disponíveis devem ser utilizadas.
Vale entregar currículos pessoalmente em estabelecimentos com ou sem anúncios de vagas, candidatar-se às vagas pela internet, criar o próprio networking, se disponibilizar para um trabalho voluntário ou se candidatar a estágios não remunerados, uma vez que estes dois últimos agregam bastante valor ao currículo do candidato.
O importante é abraçar toda e qualquer oportunidade que aparecer pela frente, pois uma coisa é certa: mesmo que o primeiro emprego não seja o melhor do mundo, ele te ajudará a restabelecer forças e trará de volta o pensamento positivo para continuar batalhando por algo melhor. Além disso, estar inserido no mercado de trabalho te coloca em contato com outras pessoas, o que acaba ampliando o número de chances, já que sempre haverá alguém sabendo de uma vaga aqui ou ali.
A cena que descrevemos logo no início deste artigo é o momento exato em que o desespero começa a surgir, o que é natural. Acontece que nós percebemos que esse tipo de sentimento só estava fazendo com que perdêssemos nossa confiança, além de baixar a nossa autoestima. Resultado? Bloqueamos! Abrimos as portas para o negativismo!
Sair de casa para procurar emprego achando que ele não virá, só atrapalha as coisas. Adotar o discurso de “sou qualificado, formado, com anos de experiência… não tenho que me submeter a isso” também não ajudará.
Você sabe de todas as suas qualificações e sabe quais cargos é capaz de preencher, mas é preciso se lembrar que a sua realidade agora é a de intercambista, que precisa de um emprego para pagar as contas do mês enquanto você evolui no idioma, para então alçar voos maiores.
Levante a cabeça e mantenha o foco nos seus objetivos, porque certamente para chegar lá você terá que enfrentar algumas barreiras, mas a principal delas é e sempre será você mesmo, seus medos, fantasmas e inseguranças.
Também não ajuda muito apenas entregar currículos para toda e qualquer oferta, como uma espécie de robô, sem focar na estratégia do negócio. O empregador não quer contratar alguém desesperado, mas alguém que ele saiba que está motivado para preencher aquela vaga.
Por isso, foque. Estabeleça critérios de busca: que tipo de emprego você encararia? Trabalharia em restaurantes ou cafés?
Foque por segmento, construa um currículo com base em determinado setor e corra atrás das vagas disponíveis.
Não está rolando? Parta para o plano B, para uma segunda opção de cargo.
Recomece, adeque o currículo, conte sobre suas experiências relevantes para aquela área e vá em busca das vagas no setor escolhido.
Assistir a algumas entrevistas na área, conversar com outros estudantes que já tenham passado por entrevistas ou trabalhem no setor também pode ser interessante, pois isso te ajudará no preparo e te dará mais energia e segurança para correr atrás.
Indicamos, sim, entregar currículo através de todos os canais possíveis. Isso também inclui a internet, onde são publicadas vagas de empresas que realmente estão precisando recrutar candidatos, principalmente em plataformas como o LinkedIn.
O ideal é enviar o currículo pela internet logo que as vagas sejam publicadas. Embora uma inscrição online exija menos esforço do candidato, é importante lembrar que nenhuma vaga cai do céu e que, assim como você, muitos outros intercambistas estarão à procura de uma oportunidade. Portanto, desistir nos primeiros “nãos” recebidos é abdicar de propostas que poderão render um emprego.
É muito comum encontrar brasileiros que, ao se apresentarem, mencionam o trabalho já realizado no Brasil, os anos de experiência na empresa X, etc. Ok, nós entendemos que você é formado, tem experiência e um currículo invejável, mas infelizmente na Irlanda você precisa de algo fundamental para fazer tudo isso valer: o inglês.
Assim, enquanto a fluência não chega, lembre-se sempre de acrescentar na sua apresentação ao conhecer alguém o fato de estar precisando de trabalho. Fale isso para todos que encontrar pela frente: do flatmate ao colega chinês da turma. Vale até aqueles desconhecidos com os quais às vezes você tem chance de interagir por aí. Vai tomar um café na esquina? Pergunte ao gerente se eles não estão precisando de alguém. Numa dessas você poderá encontrar uma oportunidade de trabalho.
Essas são apenas algumas dicas que poderão minimizar o sentimento negativo de quem está com a grana apertada, na busca por emprego e já com aquela sensação de que nada vai dar certo. Antes que essa fase chegue, buscar formas de evitar o pânico faz parte do processo. No final, as coisas sempre se ajeitam.
Imagens via Dreamstime
Encontrou algum erro ou quer nos comunicar uma informação?
Envie uma mensagem para jornalismo@edublin.com.br
Agendou as suas tão esperadas férias para novembro e não vê a hora de escolher…
As plataformas de investimento online nada mais são do que um recurso por meio do…
Você já ouviu falar do movimento Movember? Quem convive com irlandeses ou cidadãos da Austrália…
Uma pesquisa recente do LinkedIn, divulgada pela BBC Brasil, revelou os destinos mais procurados por…
O primeiro-ministro irlandês (Taoiseach) Simon Harris anunciou, no último domingo, a criação de uma força-tarefa…
O IRP é a sigla para "Irish Residence Permit", que em português significa "Permissão de…