Por Lilyan Zanda
Sempre vejo matérias sobre a saudade que os intercambistas sentem da família no final do ano, mas hoje, gostaria de falar um pouco do que sentimos do lado de cá, de quem se despediu e ficou no Brasil. Mais precisamente, da saudade de uma mãe, que viu a filha ir tentar o intercâmbio do outro lado do mundo e está sem vê-la há 2 anos.
Nesta época do ano, em que quase tudo gira em torno de reuniões de familias e amigos, é que a saudade bate mais forte e chega a querer sair de dentro do peito. É onde meu coração fica ainda mais apertado, sentindo saudade daquele abraço, do cheiro do cabelo, do aperto em suas mãos tão finas.
A saudade de quem ficou é uma saudade misturada com um desejo de que tudo dê certo, de que ela fez a escolha certa no momento certo, de que ela está feliz. Por isso não tenho com o que me preocupar, mas mesmo assim ela insiste em doer… mesmo assim ela insiste em me fazer ter uma vontade louca de pegar o primeiro voo e ir até Dublin só para dizer: “Oi filha. Te amo, Feliz Ano Novo…”, e sentir o abraço de coração com coração, e não querer largar mais.
Mas ainda não. Ainda não é chegado o momento, então, olho para o mesmo céu que ela olha e rezo para que ela tenha o melhor Ano Novo da sua vida, o melhor TUDO, pois é uma guerreira, uma batalhadora. Saiu carregando apenas uma pequena mala, sem um centavo sobrando no bolso, sem emprego previsto, sem falar uma vírgula da língua e eu fiquei no aeroporto me perguntando: “Como ela tem coragem?”.
Pois teve…e tem! Então, quero desejar aqui, do lado de quem ficou, um Ano Novo cheio de abraços e beijos de quem amamos, pois são eles quem nos sustentam. Não vamos desperdiçar tempo nem economizar o amor.
E para você, filha linda: “Te amo FOREVER! Feliz Ano Novo, sentindo seu abraço de coração com coração!”
Feliz 2016 para todos!
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