Por Fabiano de Araújo
Eu fico besta com as modernidades atuais e o avanço da tecnologia. É incrível como isso facilita a vida de qualquer intercambista. Quando eu estava para embarcar para o meu intercâmbio, eu me reuni com alguns amigos e uma das minhas amigas falou da época em que ela fez o intercâmbio dela, aos 18 anos, e como tudo era complicado.
Segundo ela, o meio mais rápido de se comunicar com sua família era pelo telefone da vizinha, já que nem todos tinham um em casa. Quando ela recebia uma carta da mãe dela ela abraçava e cheirava muito, tentando sentir a fragrância das mãos da própria mãe. Eram tempos bem complicados comparados aos dias de hoje.
Após o boom da informática e da telefonia nos anos 90, tudo começou a ficar mais fácil. Hoje, se bateu saudade de casa, da família ou até mesmo dos animaizinhos de estimação, basta mandar um Whatsapp para o familiar lá do outro lado do oceano e a conexão via Skype se estabelece. Além de bater um longo papo, a gente vê todo mundo de casa. E o melhor: custo praticamente zero. É a tecnologia à serviço do nosso intercâmbio.
E não pára por aí! Vocês se lembram que antigamente, quando escutávamos alguma palavra em inglês e não sabíamos o significado, corríamos para o dicionário “Inglês/Português” a fim de sanar a dúvida? Hoje temos tudo na ponta dos dedos. Basta dar um click no aplicativo da vez ou procurar no Google.
Temos, inclusive, aplicativos nos celulares e tabletes que facilitam muito o intercambista e nos deixam muito mais conectados com o mundo. Pra quem tem interesse de já começar a imersão no novo idioma, basta baixar alguns aplicativos de aprendizado e sair, literalmente, jogando. Hoje o dicionário também está ali, no próprio celular. Nem precisa mais comprar aquele mini-livrinho e sair pesquisando cada palavra nova encontrada ou questionada. Basta digitar a frase inteira que temos a tradução e a forma de pronunciar.
Então, você aí que ainda resiste em encarar essa experiência por conta da idade e do receio em se distanciar daqueles que ama, esqueça tudo isso. Invista na tecnologia, perca o medo e tire o melhor benefício dessas ferramentas modernas que minimizam, e muito, as distâncias quando estamos longe de casa.
Eu, por exemplo, alterei o idioma da interface para o Inglês em todos os meus acessos tecnológicos: o celular, o computador, redes sociais, etc. Ter acesso direto ao idioma que você está estudando estimula a memória e também nos ajuda com o vocabulário. Outra coisa bacana são os aplicativos para encontrar pessoas na sua região. Quando a saudade de casa aperta, poder se conectar com pessoas que estão no mesmo barco que você certamente ajudará a superar os momentos difíceis. Baboo, Meetme e o Skout são apenas alguns exemplos.
Hoje em dia, a maioria dos celulares já tem aplicativos que nos ajudam a praticar o inglês. Vá utilizando-os mesmo do Brasil – inclusive mude a configuração do idioma do seu celular e do seu computador, como falei. Isso já vai começar a te inserir no novo idioma.
E, por fim, inclua toda a tecnologia disponível por aí em sua vida. Ela irá te ajudar nos momentos mais difíceis do seu intercâmbio. Se tiver dúvidas, questione a garotada sobre a maneira correta de usar qualquer um deles. Os jovens de hoje têm uma facilidade imensa em desvendar cada mistério tecnológico que a gente fica querendo descobrir de onde eles tiram tanta informação.
Antes de embarcar, estimule seus familiares a utilizar esses aplicativos, principalmente o Skype e o Whatsapp, os mais populares e fáceis de se conectar. Tudo vale!
Apesar de não precisar mais mandar cartas e esperar dias até ela chegar para receber notícias, passe a utilizar esse hábito para enviar cartões postais de cada lugar por onde você passar. Essa é uma ótima forma de dividir um pouco de suas experiências como intercambista com quem ficou no Brasil e ainda manter uma conexão pessoal mais viva.
Lingualeo
Lingualy
Skype
Whatsapp
Google Translator
Esse texto faz parte da série Dublin para Maiores, assinado pelo nosso colunista Fabiano de Araújo e conta a perspectiva daqueles que decidem fazer intercâmbio na maturidade.
Fabiano de Araújo é gaúcho de carteirinha, mas catarinense de coração. Formado em Comércio Exterior, trabalhou 10 anos com exportação. Um belo dia resolveu largar tudo e encarar um intercambio próximo dos 40 anos, como forma de entrar na melhor idade realizando sonhos. Amante por viagens inesperadas está sempre com uma mochila pronta para encarar desafios. Resolveu compartilhar de sua aventura com os demais por acreditar que nunca é tarde para realizar sonhos.
Revisado por Tarcisio Junior
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