As negociações entre o governo irlandês e britânico finalmente chegaram a um consenso nos últimos dias sobre a fronteira entre a Irlanda e Irlanda do Norte, que é parte do Reino Unido. A decisão é de que não haverá barreiras físicas e que a livre circulação de pessoas entre os dois países será mantida, sem que seja feito controle de passaportes.
Essa questão tem sido motivo de debate nas últimas semanas, enquanto o Reino Unido tem acertado os detalhes de sua saída da União Europeia, que está programada para acontecer oficialmente em 29 de março de 2019. Num primeiro momento, o governo britânico chegou a concordar em deixar com que a Irlanda do Norte continue fazendo parte do bloco. Entretanto, um novo texto promete não criar qualquer distinção entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido.
Mesmo assim, durante as negociações com a Comissão Europeia, a primeira ministra britânica Teresa May afirmou que será mantido o Acordo da Sexta-Feira Santa, conhecido por aqui como Good Friday Agreement, em vigor desde 1998 e responsável por terminar com décadas de conflitos entre as duas Irlandas. O acordo prevê que as pessoas nascidas na Irlanda do Norte possam escolher entre a cidadania britânica, irlandesa ou até mesmo optar por ambas.
Nos próximos dias 14 e 15 de dezembro, os membros da União Europeia se encontrarão em Bruxelas para aprovar – ou não – os termos do “divórcio” entre o Reino Unido e o bloco. Acredita-se que também será estabelecido se haverá um período de transição de dois anos após o Brexit, durante o qual o Reino Unido continuará no mercado comum, porém não terá mais direito a voto nas decisões conjuntas.
A primeira ministra britânica, Teresa May, tem aberto uma série de concessões à União Europeia. Uma delas é a promessa de que os cidadãos europeus que atualmente vivem no Reino Unido terão o direito de permanecer ali, assim como os britânicos que hoje residem na União Europeia.
Um relatório publicado recentemente pela consultoria EY afirma que as diferenças econômicas entre a República da Irlanda e Irlanda do Norte devem aumentar nos próximos anos em consequência do Brexit.
A consultoria prevê que cerca de 144 mil novos empregos serão criados em toda a ilha até 2020. Porém, apenas 5800 dessas vagas de trabalho estarão na Irlanda do Norte. Ao mesmo tempo, o PIB irlandês tem registrado um crescimento de 4.9% este ano, contra apenas 1.4% no norte da Irlanda.
Enquanto a Irlanda é um dos países da União Europeia com crescimento mais rápido, a vizinha Irlanda do Norte é classificada como uma das mais pobres regiões do Reino Unido em termos de crescimento econômico.
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