Pesadelo dos viajantes, o IOF (imposto sobre operações financeiras) foi reajustado no início desse mês. Dessa vez a elevação de 0,38% para 1,1% da alíquota do imposto recai para a compra de moeda estrangeira em espécie. A medida está em vigor desde a última terça-feira, 3 de maio.
De acordo com o Ministério da Fazenda, nada muda para as outras formas de aquisição de moeda estrangeira, como cheques de viagem, cartões pré-pagos ou de crédito, por exemplo. Nesses casos, continua valendo a tarifa de 6,38%. Ainda segundo o órgão, a elevação da taxa tem como objetivo alinhar a tributação, reduzindo a diferença entre a compra da moeda em espécie e o uso de cartões.
Estima-se que a medida resulte em uma arrecadação anual de R$ 2,377 bilhões. Entretanto, a Receita Federal nega que o objetivo do reajuste seja para cobrir despesas de programas sociais do governo.
Mesmo com o aumento da tarifa, ainda é mais vantajoso comprar moeda em espécie do que utilizar outras formas de pagamento durante uma viagem ao exterior. Mas aí temos o velho problema da falta de segurança, já que carregar dinheiro em espécie nos deixa muito mais vulnerável a roubos e furtos.
Com relação a gastos no exterior com educação, nada muda também, já que não há isenção de IOF para despesas educacionais em países estrangeiros. A diferença é que a partir de agora quem estiver embarcando num intercâmbio, tanto para a Irlanda quanto para qualquer outro país, carregando dinheiro em espécie, terá seus custos de viagem elevados.
A não ser que você consiga comprar moeda estrangeira de algum amigo, parente ou conhecido que tenha sobrando, infelizmente não há como fugir do imposto. Como já dissemos acima, moeda em espécie continua sendo a forma mais econômica de levar dinheiro para o exterior. Todavia, a dica para quem vai viajar é pesquisar bastante antes de comprar moeda estrangeira e adquiri-la aos poucos, já que as cotações variam constantemente.
De acordo com dados do Banco Central, brasileiros gastaram US$ 2,97 bilhões no exterior no primeiro trimestre deste ano. No ano passado, esse valor foi de US$ 5,23 bilhões, o que representa uma queda de 43,2%. Entre os fatores para a redução das despesas em países estrangeiros está a recessão econômica pela qual o Brasil está passando, desemprego, além da alta do dólar. Agora resta saber se num futuro próximo o aumento do IOF também vai interferir nisso.
Revisado por Tarcísio Junior
Imagens via Shutterstock
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