Austrália se torna destino de intercâmbio mais barato com alta do dólar e euro

Os brasileiros que estão pensando em fazer intercâmbio hoje precisam quebrar a cabeça para encontrar um destino certo que caiba nos planos financeiros. Por conta da desvalorização do real, isso está cada vez mais difícil.

Mesmo com o sonho de morar nos Estados Unidos e Europa, muitos preferem mudar o destino para onde a variação da moeda não é tão grande. Assim, a Austrália surge como uma opção no horizonte. O dólar australiano está, atualmente, na casa dos R$ 2,70, bem mais vantajoso em relação ao americano ou ao Euro.

Custo-benefício faz da Austrália destino perfeito

Dólar australiano mais barato que outras moedas de países comuns para intercambistas faz da Austrália a primeira opção procurada pelos brasileiros para viver fora. Foto: Depositphotos

O custo de vida na Austrália não difere muito de outros países conhecidos pelo turismo, mas, com o dólar australiano sendo bem mais em conta que o euro e o dólar americano, o estudante brasileiro pode economizar bastante.

Segundo o site Austrália Brasil, que atua há 20 anos no mercado de intercâmbio, um estudante brasileiro vai gastar, em média, 250 dólares australianos (cerca de R$ 675 por semana ou R$ 2.700 ao mês) vivendo naquele país, entre moradia, transporte, alimentação, comunicação e outros custos. Não é à toa que quem está por lá parece não querer ir embora tão cedo.

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Localização muda radicalmente gastos na Austrália

Cidade de Adelaide, no sul da Austrália, é escolhida para viver por ser a mais barata do país em custo-benefício. Foto: Depositphotos

Assim como na Irlanda, onde há mudanças gritantes entre viver em Dublin ou no interior, na Austrália, escolher entre Sydney e cidades menores faz uma grande diferença.

A capital australiana é a segunda cidade mais cara do mundo para se viver, segundo levantamento anual de habitação internacional, realizada pelas organizações Performance Urban Planning e Demographia.

Porém, o país também oferece opções para orçamentos mais modestos. É possível, por exemplo, optar por Brisbane, considerada a segunda cidade mais barata para se viver. Mesmo menor, existem opções de escolas, vida cultural e cosmopolita, além da beleza.

Em primeiro lugar, entre as mais baratas, está Adelaide, outra opção que vem crescendo nos planos dos estudantes. Ela ainda possui belas praias para se usufruir durante o intercâmbio. Ainda na lista constam Gold Coast e Perth, cidades boas e mais baratas que as metrópoles.

Leia também: Quais são os vistos possíveis para brasileiros na Nova Zelândia?

Salário mínimo na Austrália é valorizado e moeda tem bom poder de compra

Sydney, capital da Austrália, é a segunda cidade mais cara de se viver no mundo, atrás apenas de Hong Kong. Foto: Depositphotos

Com custo de 250 dólares australianos semanais, seria possível ter uma vida confortável trabalhando na Austrália? É possível! O salário mínimo na Austrália é 18,29 dólares australianos, quase o dobro, em números, do salário mínimo na Irlanda, 9,55 euros por hora, e quase o quádruplo do Brasil, R$ 5 por hora.

Mas, se estamos falando na conversão entre reais e dólares australianos, essa diferença só aumenta. Afinal, em reais, o mínimo australiano beira os R$ 50 por hora, dez vezes mais que o atual no Brasil.

O site Rota do Canguru fez um estudo e relatou que quem trabalha na Austrália ganha sete vezes mais do que quem trabalha no Brasil. O custo-benefício, seja para comprar comida, seja para um iPhone, por exemplo, é bem maior. Tudo isso faz com que a Austrália esteja entre os melhores países para se viver.

Valorização do real depende de fatores políticos e econômicos

De acordo com publicações especializadas no mercado financeiro, a valorização do real depende de muitos fatores, como o aquecimento da economia e a estabilidade política. Assim, apenas no próximo ano será possível ter uma visão, ainda turva, sobre se esses dois fatores vão melhorar no Brasil e refletir a valorização da nossa moeda.

Mesmo assim, os intercambistas não deixam de realizar o sonho do intercâmbio. É possível economizar para conseguir chegar lá.

Além da Austrália, outros países estão de portas mais abertas para intercambistas. Entre eles estão Canadá e Nova Zelândia. Por isso, é só preciso pesquisar, organizar e saber exatamente quanto será necessário gastar para estudar fora do país. Impossível nunca é!

Imagens via Depositphotos
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Rubinho Vitti

Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017. Foi editor e repórter nas áreas de cultura e entretenimento. Também é músico, canceriano e apaixonado por arte e cultura pop.

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