Alegrar a vida de crianças por meio da arte do palhaço. É assim que a brasileira Karina Pereira resolveu dar vida a um projeto de voluntariado que já tinha no Brasil e trouxe consigo no intercâmbio para a Irlanda. Por meio do clown, ela encontrou parceiros de aventura e caridade, indo parar na Tanzânia. De volta a Dublin, ela agora encabeça uma campanha para arrecadar brinquedos, roupas e livros infantis para crianças do país africano. Os interessados podem fazer a doação em Dublin até o dia 4 de novembro (leia mais abaixo).
Karina começou a se encantar pelo universo clown quando ainda era estudante universitária, dentro de um projeto criado em 2011 junto a demais colegas estudantes da área da saúde. A ideia, segundo ela conta, era transformar a abordagem mais empática e humanizada com os futuros pacientes.
“O projeto foi um marco na minha vida e, quando cheguei a Dublin, em 2017, reescrevi uma nova versão com o foco na intergeracionalidade, ou seja, na troca mais genuína e afetuosa entre crianças e idosos por meio do clown”, disse Dra. Lady Melancia, o nome oficial que Karina usa como palhaça.
No ano passado, Karina expandiu o projeto, oferecendo oficinas de clown para a comunidade brasileira na Irlanda. Foram três turmas de palhaços formados por ela junto a colaboradores.
Por indicação de uma amiga, Karina encontrou o projeto TLM (Their Lives Matter) na internet, e uma médica do programa, que trabalha no Muhambili National Hospital, na Tanzânia, fez contato. “Tivemos um café no período em que ela estava em Dublin e, no mesmo dia, decidi que faria o possível para me dedicar à minha ida”, disse. Ela embarcou no dia 4 de setembro em uma jornada de seis semanas em Dar es Salaam, cidade localizada no sudeste da Tanzânia.
De volta a Dublin, Karina iniciou uma campanha para encaminhar às crianças assistidas na cidade onde prestou seu voluntariado. Ela disse que a ideia inicial era arrecadar eletrônicos novos e usados para trabalhar educação digital, mas ainda não existem profissionais ou voluntários que possam dar continuidade a esse trabalho de tecnologia. “Como a demanda por brinquedos, roupas e livros infantis é mais emergencial, a doação dessas categorias também é bem-vinda”, disse.
Leia também: Trabalhe como voluntário na Irlanda
Os interessados em auxiliar nas doações podem entrar em contato com Karina pela página do Brazil Clowning Project para combinar a entrega até o dia 4/11.
Karina afirma que a experiência voluntária foi um marco em sua jornada de intercâmbio. “É muito mais do que doar seu tempo e aprender outra língua. É estar disposto à imersão genuína e empática em outra cultura, sem julgamentos, sem essa falsa visão altruísta de que só doamos no trabalho voluntário”, disse.
Leia também: O trabalho voluntário pode transformar seu intercâmbio na Irlanda
Segundo ela, a experiência na Irlanda e na África expandiu “uma área bem bonita” dentro dela. “O mais engraçado de tudo isso foi poder enxergar que não precisamos ir tão longe para acessar o coração das pessoas. Para quem ler essa matéria e não sabe ainda como atuar, sugiro genuinamente que abra seu coração para relações mais empáticas e coletivas dentro da própria realidade em que vive. Somos tantos brasileiros aqui na Irlanda e podemos fazer tanto, tanto mais!”, ressaltou.
Durante as festividades de fim de ano, o transporte público de Dublin passa por mudanças…
À medida que nos aproximamos das festas de fim de ano, surge o desafio emocional…
Desde 1º de dezembro de 2024, as tarifas de táxi na Irlanda sofreram um aumento…
A deportação voluntária é um dos mecanismos utilizados por governos para lidar com a presença…
A Irlanda continua sendo um dos países mais caros para se viver em comparação com…
A Ceia de Natal na Irlanda é bem diferente do Brasil. Muitas das guloseimas às…