A nossa coluna TI na Irlanda traz mais um colunista, mas dessa vez ele não vem contar sobre como é trabalhar na Irlanda, pois ainda não chegou lá. Na verdade, Valdir Júnior te convida a embarcar com ele na busca incansável por um trabalho profissional, com direito a work permit em sua área de atuação, Redes e Infraestrutura. Apesar de recém-chegado na Irlanda, o processo de busca por uma vaga em tecnologia no mercado internacional começou há alguns meses. Mas, quem vai contar cada detalhe e como ele veio parar na Ilha Esmeralda é o próprio.
Me chamo Valdir Júnior, sou brasileiro e não tenho passaporte europeu. Tenho 29 anos, sou natural de São Paulo, casado e pai de um lindo menino chamado Luiz Gustavo. Desde sempre, meus olhos brilhavam quando se falava em viver no exterior, fato que se intensificou ainda mais com a chegada do meu filho. Como pai, eu almejo o melhor para minha família e a oportunidade de viver em um país com melhor qualidade de vida, proporcionar uma boa educação para o meu filho, assim como a fluência em outras línguas, passaram a motivar ainda mais o meu desejo de investir no mercado internacional.
Foi com esse pressuposto que comecei a minha saga por uma oportunidade profissional no exterior, no setor de tecnologia. Vou compartilhar com vocês como tem sido essa busca e como eu vim parar na Irlanda.
Tenho formação em tecnologia – mais especificadamente na área de Redes e Infraestrutura. São mais de 9 anos de experiência, além de ter agregado nesse caminho alguns certificados e treinamentos oficiais, tais como Cisco, Microsoft, Fortigate, VMWare e Citrix. Passei por diversas empresas, desde de pequeno porte até companhias com mais de 20 unidades. Comecei como técnico de informática e alcancei o cargo de Senior Infrastructrure Engineer, liderando outros profissionais.
Como a área de tecnologia é privilegiada com linguagem universal, com comandos, sistemas e procedimentos, assim como treinamentos, provas, certificações e termos comuns, todos os TAC (Technical Assistance Center) que eu precisava eram em inglês, então o contato com o idioma não era uma preocupação minha.
Com a experiência e o inglês técnico na ponta da língua, me animei a investir no envio de currículo para empresas nos Estados Unidos e Canadá, minhas grandes apostas. Do Brasil, já escutava bastante sobre a carência de profissionais nesses países, o que me impulsionou mais ainda a investir no sonho de viver e trabalhar em outro país.
Mas, como nem tudo é tão simples como lemos nos promissores noticiários, me deparei com duas situações importantes:
A primeira e positiva, a de que é verdade, existem muitas oportunidades no setor de tecnologia e chegar às entrevistas não parece algo tão meticuloso. Já nas minhas primeiras investidas obtive respostas surpreendentes.
Mas, a segunda, muito menos animadora, além da entrevista, como profissionais estrangeiros temos que lidar com a burocracia, e foi justamente ela que ofuscou a minha chance de imigrar de mala e cuia para os países de minha escolha.
Foi a dificuldade de atender todas as exigências burocráticas dos Estados Unidos e Canadá que me impulsionou a olhar para a Irlanda. Mas, esse capítulo da minha saga pela conquista do meu primeiro emprego no exterior, eu contarei no próximo texto. Aliás a Irlanda, não fazia parte dos meus planos, até eu perceber que, assim como os Estados Unidos e o Canadá, a Ilha Esmeralda também tem interesse por profissionais com meu perfil, porém com níveis de burocracia bem mais plausíveis.
Sobre o Autor:
Revisado por Tarcísio Junior
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