Relatos de roubos e furtos na região central de Dublin é assunto recorrente nas redes sociais e comunidades de brasileiros na Irlanda.
Celulares, carteiras, relógios, óculos de sol e, até, cigarros eletrônicos são alvos comuns em locais muito populares do centro, como o Spire, e ruas como a Henry e O’Connell Street.
Os roubos, quase sempre, ocorrem por ciclistas mal-intencionados, atentos a pedestres desavisados.
Roubos de aparelhos eletrônicos, principalmente celulares, estão entre os preferidos dos assaltantes, que, segundo relatos, são, na maioria, garotos andando de bicicleta que agem rapidamente. As próprias bikes também são alvos dos assaltantes, que levam pneus, aros, bancos, entre outras peças, com o objetivo de vendê-las.
A estudante brasileira Mariana Miranda estava indo trabalhar em um sábado, por volta do meio-dia, quando foi surpreendida por dois adolescentes, no bairro Phibsborough. “Vi um garoto me olhando e olhando para o meu celular. Segurei forte e, nisso, senti alguém por trás pegando meus óculos. Mas foi tão rápido tudo isso que não consegui pensar”, relatou.
Segundo ela, eles aparentavam ter 14 e 17 anos, estavam de bicicleta e fugiram rapidamente. “Eu gritei muito alto, a rua inteira parou, mas ninguém perguntou se aconteceu algo ou tentou me ajudar. Fiquei bem chocada com isso também”, disse.
Ela relatou o acontecido para a Garda, que entrou em contato e encontrou as filmagens, mas sem conseguir identificar o rosto dos assaltantes. “A Garda me falou que continuaria procurando, mas que era pra eu não esperar ver os óculos de volta.”
Mariana contou que, depois do ocorrido, não se sente mais segura em Dublin. “Pelo menos, não no verão. Sempre andei tranquila, mexendo no celular, mas agora estou olhando para os lados e, até, evitando de usar muito na rua”, disse.
O número de crimes como esses aumentou em Dublin, mas não significativamente. De acordo com o Osac (Overseas Security Advisory Council) — conselho de segurança ligado à embaixada dos Estados Unidos —, em 2017, foram 18.272 casos de roubos simples, 3% a mais que em 2016, quando foram registrados 17.740 incidentes.
Já outros tipos de crimes tiveram um aumento maior como assassinatos (5%), venda ou uso de drogas (8%), uso de armas (5%), crimes sexuais (16%), entre outros. Ainda não existem números definitivos sobre o ano de 2018.
Apesar dos aumentos nas taxas de criminalidade, Dublin ainda é considerada uma cidade segura. De acordo com o site Safe Around, que mede a segurança das cidades pelo mundo, Dublin consta como risco baixo de insegurança.
“Dublin é uma cidade segura com uma classificação de 72,7%. Está em 41º lugar no ranking de 113 cidades — das mais seguras às mais perigosas”, afirma o site.
Segundo os dados coletados pelo Safe Around, há riscos médios de assaltos e furtos, acidentes em transportes públicos e terrorismo. Outros acontecimentos como desastres naturais, assaltos a mão armada e golpes estão classificados como baixos.
Imagens via Dreamstime
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