Casos de violência sexual na Irlanda
7 anos atrás
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“I believe her“… certamente você deve ter se deparado com essa frase estampada em cartazes ou mesmo em algum noticiário recente da imprensa irlandesa. A frase “Eu acredito nela” foi amplamente utilizada em protestos e pela internet contra o caso envolvendo os jogadores Paddy Jackson e Stuart Olding, do time de rugby Ulster, na Justiça irlandesa, acusados de violentar uma estudante de 19 anos em Belfast, na Irlanda do Norte, em 2016.
Crime teria acontecido em “after party” na casa de um dos jogadores
A jovem alega que foi à casa de Jackson após uma festa em Belfast, na Irlanda do Norte. Lá, teria sido forçada a praticar sexo com o jogador e seu colega. Segundo a imprensa irlandesa, existem muitas provas comprovando a veracidade dos fatos, mas que não foram suficientes para convencer o júri que, após oito semanas de julgamento, inocentou os acusados.
População vai às ruas contra decisão
A decisão deixou a população de toda a Ilha indignada. Centenas foram às ruas na República da Irlanda e Irlanda do Norte como forma de apoio à vítima. Jovens, mulheres, homens e crianças protestaram junto a movimentos feministas e grupos de direitos humanos, segurando cartazes e faixas. Eles pedem que os julgamentos de estupro sejam realizados de forma mais clara e coesa, sem culpabilizar a vítima.
Quem passou pela manifestação, pôde lembrar um pouco do cenário brasileiro, onde o sentimento de impunidade também é grande. Recentemente, o caso Marielle Franco teve repercussão mundial e levou milhares às ruas em busca de justiça. Apesar dos casos de violência terem números extremamente menores, a população irlandesa, assim como a brasileira, busca melhorar as condições de seu país em atos públicos.
Número de denúncias na Irlanda
Segundo a Gardaí, em 2017, o número de casos registrados foi de 655, ou seja, 144 a mais que no ano anterior. Mesmo assim, o número pode ser maior. O Rape Crisis Statistics and Annual Report 2015 estima que apenas 32% das vítimas reportam os crimes para a polícia.
Cuidados para se proteger contra criminosos
A Trinity College divulgou algumas dicas para proteção das mulheres contra abusos e violência sexuais. Entre elas, está não ceder a pressões do parceiro; confiar na intuição, se sentir que algo está errado, saia imediatamente de cena; ir a festas com grupos de amigos em quem você confia; olhar atentamente os sinais que uma pessoa demonstra em um encontro; falar com seus amigos onde você vai e com quem; procurar não sair sozinha à noite; entre outros.
Linha direta para denúncias
A capital possui um contato específico para casos de estupro ou violência: 1800 77 8888. Além disso, o Women’s Aid também auxilia as mulheres que são vítimas de crimes. O número é 1800 341 900. Informações também podem ser acessadas pelo site Rape Crisis Help.
Imagens via Dreamstime
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