Você sabia que, atualmente, cerca de 80 países negam por completo, restringem ou deportam portadores do HIV? Aplicantes de visto, em geral, respondem a perguntas específicas sobre saúde em formulários de assuntos gerais. Porém, alguns países, além do formulário, submetem viajantes a exames de sangue, no intuito de identificar doenças.
Caso o resultado do teste seja positivo ou o viajante esteja portando frascos de antirretrovirais, muito provavelmente isso lhe causará a recusa da entrada ao país e deportação.
Na imagem abaixo, podemos ver as diferentes restrições para a entrada de soropositivos em alguns países, sendo elas:
Sim, claro que é. Porém, quando o assunto tange as barreiras imigratórias, cada país tem autoridade e regulamenta como quiser quem entra e sai do seu território. Felizmente, os portadores do HIV venceram uma importante etapa contra o preconceito, quando Estados Unidos, China e Ucrânia retiraram as restrições existentes, facilitando ainda mais o procedimento do visto.
A Irlanda, assim como o Brasil, não nega nem restringe a entrada de soropositivos em seu território. Caso você seja contaminado em terras irlandesas ou já seja portador do vírus, saiba que, aqui, sendo irlandês ou não, e independentemente de onde você tenha sido infectado, o tratamento é gratuito.
Existem alguns lugares em que o teste pode ser feito gratuitamente em Dublin. O exame de DSTs pode ser realizado no St. James Hospital. Para consultar horários para agendamento de consultas em diferentes especialidades, basta acessar o site do Hospital.
Os exames demoram cerca de 15 dias para ficarem prontos. Já na categoria de exames pagos, as clínicas para mulheres, como a Well Woman Centre e Marie Stopes (que realizam exames para homens, também) fazem testes instantâneos para HIV, que custam 50 euros.
O tratamento do HIV é feito em diversas etapas. Nas “HIV Clinics”, o paciente receberá apoio psicológico, nutricional, acompanhamento com médicos e enfermeiras especializadas e, se precisar, de apoio espiritual — muitas delas contam com padres.
Além de todo o acompanhamento, o tratamento feito pela rede pública irlandesa é gratuito, desde as consultas, passando pela medicação e, até mesmo, hospitalizações. Já pelo plano de saúde (Aviva, VHI, etc.), as consultas e hospitalizações (necessárias) são pagas, enquanto a medicação continua sendo gratuita.
Outro ponto importante é que casos de discriminação e repúdio a soropositivos são punidos com o rigor da lei, assim como qualquer outro tipo de discriminação ligado a raça, religião, gênero ou orientação sexual. Soropositivos que sejam discriminados no ambiente de trabalho, acadêmico ou em seu círculo social podem fazer a denúncia em qualquer posto de atendimento da Garda.
Aqui na Irlanda, também não existe nenhuma lei que obrigue o portador do HIV a revelar seu estado de saúde no trabalho, para familiares, amigos, barbeiros, tatuadores e, mesmo, o atual parceiro. Contudo, a cartilha de aconselhamento a soropositivos recomenda que, nesse último caso, o parceiro saiba de sua condição de saúde, alertando sobre inúmeros casos de ações judiciais ligadas a contaminações acidentais, que resultaram em indenizações exorbitantes e penas a serem cumpridas na cadeia.
Para saber quais clínicas atendem soropositivos e obter mais informações a respeito de diversos outros assuntos relacionados à doença, basta acessar a cartilha que o governo irlandês fez para guiar os portadores nesse momento tão delicado.
Imagens via Shutterstock
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