Olá, Meu nome é Marcos Oliveira e, quando decidi vir para Dublin fazer um intercâmbio, eu “comia com farinha” o E-Dublin. Por isso, nada mais justo que compartilhar e poder ajudar outras pessoas que, assim como eu, têm interesse na área gastronômica.
Eu fiz Gastronomia no Brasil e estou na ilha faz apenas 2 meses, mas é incrível como parece uma eternidade. As coisas aqui acontecem de forma muito intensa, e hoje quero compartilhar minha experiência na área da cozinha, como Chef, assistente de Chef, Chef de partie, KP e Barista.
Quando cheguei a Dublin, eu sabia que estavam contratando muitos chefs, mas não tinha ideia da nova possibilidade de conseguir um visto para trabalho em tempo integral como chef de cozinha. Exatamente, FULL TIME! Mas não é fácil conseguir, pois você precisa ter paciência e gostar muito do que faz.
Chef Sous: Assistente do Head chef
Chef de partie: Você é responsável por uma seção da cozinha
Head Chef: É o dono da cozinha, orienta e designa funções a todo o restante
O que tenho observado nesses meses trabalhando na área é que, de fato, atualmente existe uma abertura para chefs estrangeiros. Porém, é preciso ficar atento às restrições que ainda existem.
No meu caso, apesar de já estar trabalhando, eu continuo como part-time, por conta do visto de estudante (Stamp 2). Segundo colegas da área, o convite para o visto de trabalho vem com o desenvolver das suas habilidades. Se você agradar, o convite acontece com o tempo.
Confesso que, no meu caso, encontrar um trabalho profissional como Chef foi mais fácil do que conseguir acomodação (não estou dizendo melhor).
No primeiro restaurante onde trabalhei como Kitchen Porter, por exemplo, tive alguns dedos cortados, mas também aprendi a fazer pratos que não conhecia, o que já valeu muito a pena. O salário era muito baixo, o que me empurrou para a oportunidade seguinte.
No segundo restaurante, aprendi a fazer deliciosos sanduíches e embalar alimentos a vácuo. Nesse meio tempo, fiz um curso de barista, pois tinha curiosidade em saber como fazer lindos desenhos em cafés. Fiquei super empolgado, mas não me efetivaram.
Em um curtíssimo espaço de tempo, já estava na minha terceira oportunidade. Fiz entrevista, testes e consegui a vaga fixa como chef de partie de um hotel. Atualmente, sou responsável por montar o café da manhã todos os dias.
Como podem notar, embora seja fácil conseguir trabalho nos restaurantes em Dublin, isso não quer dizer que você vai ser aprovado pelo empregador ou se vai gostar do trabalho.
Você deve praticar a paciência e acreditar que, uma hora ou outra, o trabalho ideal chegará. Contratempos e inconvenientes também farão parte do processo, com toda a certeza. Eu, por exemplo, tenho que acordar às 4:30 todos os dias.
Nesse tempo de Irlanda, já consegui aprender que, realmente, nada cai do céu. Entregar CVs de porta em porta é primordial. Dar a cara a tapa, perder a vergonha e pedir para falar diretamente com o chef é um diferencial muito importante.
Na minha experiência, raros foram os casos em que me trataram mal ou que o chefe não veio falar comigo. Aliás, percebi que o respeito com o profissional por aqui é muito melhor que no Brasil.
Uma das experiências mais gratificantes que tive nessa busca cara a cara por emprego foi ter recebido um convite milagroso para trabalhar no maior festival de churrasco da Europa — The big Grill — ao lado de chefs renomados e conhecidos mundialmente. Sorte grande, com certeza.
Bom, essa tem sido a minha experiência como chef na Irlanda. Para quem procura vagas no setor, recomendo a página do Facebook, chamada Dublin Chef Jobs. O Jobs.ie e o LinkedIn também são canais importantes para busca de emprego na área.
E lembrem-se: o mercado está aquecido. Existem vagas para estrangeiros, mas, assim como em qualquer setor, nada cai do céu. Ter experiência e disposição para encarar as etapas naturais do processo são pré-requisitos importantes para você chegar a vestir a doma oficialmente em solo verde. Boa sorte.
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