Desde o momento da decisão de partir para a aventura do intercâmbio, até mesmo após o fim dele, um turbilhão de sentimentos invadirão sua mente. Muitos deles bons, como a expectativa de conhecer um lugar novo, o aprendizado e a experiência de uma nova cultura. Mas outros sentimentos não são tão agradáveis assim — e, por sinal, muitos estudantes desistem no meio do caminho justamente por se deparar com alguns deles.
No texto de hoje, vamos citar algumas dificuldades que você certamente enfrentará em sua jornada. Situações que podem assustar, entristecer e, algumas vezes, podem fazer você sentir vontade de jogar tudo pro alto. Mas, acredite, você não está sozinho nessa!
Ah! Que saudade insuportável. Não aguento… Preciso voltar!
A saudade da família, sem dúvida, é algo que pesa para grande parte dos intercambistas. Você está acostumado a ter a sua família por perto e, mesmo que more sozinho ou em outra cidade, costuma vê-los aos finais de semana ou quando ”der na telha”. Seja qual for a sua realidade, no intercâmbio isso será inviável.
Dica: Ao chegar, providencie rapidamente um novo chip de celular com internet para se comunicar à vontade pelas diversas redes sociais. Isso é muito fácil. Em todo lugar você encontra os SIM Cards para comprar, e muitas escolas e agências presenteiam o viajante com um desses, para que você já chegue preparado. A boa noticia é que aqui na Irlanda, por exemplo, há pacotes de internet ilimitados por apenas 20 euros mensais — além, claro, dos muitos locais com WiFi free.
Não falo inglês ainda. Não conseguirei ficar sozinho aqui…
Não saber falar inglês pode ser uma grande barreira se você deixar o medo tomar conta. E, sim, apesar de você ter ido para o país escolhido com o propósito de aprender, não é fácil chegar onde não falam o seu idioma. Ao ouvir os nativos, em especial com sotaque Irlandês, você pode se assustar. Mas, com foco e dedicação, essa dificuldade vai melhorando e a insegurança e o desconforto também.
Dica: Mesmo sem entender nada, tente falar com as pessoas ao seu redor. Dê tempo para o seu ouvido se acostumar aos poucos. Não esqueça que você está no país justamente para aprender. A vergonha vai surgir, mas aprenda a lidar com ela. No final, as pessoas sabem que você está aqui justamente para se aprimorar no idioma.
Não tenho casa, o que farei? Ficarei na rua ou voltarei para o Brasil?
Assim que você desembarca, outra grande preocupação é a moradia! Confesso que nunca vi um brasileiro sem teto na Irlanda, mas, para não ser você essa pessoa — ou a pessoa que voltou sem, ao menos, começar para valer o curso —, comece a correr atrás do lar doce lar já antes mesmo de desembarcar por aqui. A dificuldade existe, e a casa não vai surgir sem que saibam da sua procura.
Dica: Recomendo que, desde o primeiro dia de aula, você fale para os outros estudantes que está buscando seu cantinho. Sempre tem alguém que conhece outra pessoa que vai embora ou está desocupando a casa. As redes sociais são ótimas para encontrar casa, também. Não fique procurando só em imobiliárias. Elas não costumam dar resultados bons para estudantes, estrangeiros e, ainda por cima, sem emprego. E por falar em emprego…
Não encontro trabalho, no Brasil era melhor…
Sejamos sinceros: em qual lugar deste planeta está fácil encontrar emprego? Se na sua própria pátria é difícil, o que podemos dizer de um país onde você é só mais um estrangeiro? Não é fácil não, principalmente se ainda não se tem um bom inglês ou não é cidadão europeu. Mas tenha calma, foque nos seus objetivos, respire fundo e siga em frente.
É bem verdade que a busca por emprego já foi melhor na Irlanda, mas isso não quer dizer que você não vá conseguir. Venha disposto a suar a camisa e a persistir, dia a dia. Os NÃOS durante a busca por uma vaga serão apenas mais um obstáculo nessa aventura insana chamada Intercâmbio. Quando a frustração bater, converse com outros intercambistas mais próximos, principalmente aqueles que já superaram essa etapa.
O dinheiro está no fim (antes do previsto!). E agora?
Calma! Tenha foco! Realmente é desesperador pensar em todas as contas, principalmente com pouco dinheiro. Para não passar por essa situação e fazer as malas antes da hora, é necessário saber se controlar. O poder de compra na Irlanda é convidativo, é verdade. A Penneys, outlets e animação semanal nas ruas de Dublin podem ser uma grande armadilha. Lembre-se: você não está de férias. Segure o impulso, principalmente nas primeiras semanas, e gaste realmente só com o necessário.
Dica: Recomendo que, antes de viajar, faça uma planilha com a média de gastos que pode ter a cada mês. O primeiro mês costuma ser o de mais gastos. Será necessário pagar um aluguel adiantado, itens da casa, limpeza, visto, etc. Com certeza, esse orçamento sairá do controle em alguns momentos, mas, se você conseguir economizar no próximo mês, já está valendo. Tente sempre equilibrar os gastos. E NUNCA vá com o dinheiro contado. É sempre bom ter um tanto a mais, pois imprevistos acontecem.
E, para fechar, lembre: assim como você, outros tantos brasileiros passaram pelo mesmo trajeto, as mesmas inseguranças, perrengues, seja na Irlanda, seja em outros destinos… e se eles conseguiram, você também conseguirá!
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