Quando mudamos de país em busca de um intercâmbio, muita coisa muda em nossa vida, principalmente os hábitos e a alimentação. Além do novo clima que vamos enfrentar no país escolhido, ao tentar se inserir no cotidiano local, seremos testados a todo o momento, seja no novo estilo de vida ou na rotina aceleradíssima. O ponto é: nós, os quarentões do intercâmbio, temos que tomar cuidado para não entrar no ritmo da garotada, que quase sempre é recheado de fast food a qualquer hora do dia, muitas baladas e noites mal dormidas.
Em grande parte da Europa, a comida rápida faz parte do cotidiano, até pelo fato do corre-corre diário, rapidez e praticidade. Sem falar que as melhores pechinchas na Irlanda estão quase sempre nos estabelecimentos de fast food. Só que, pra quem está acostumado a uma comida mais caseira, o que era o meu caso, é comum estranhar no início. Por isso, a minha recomendação básica é que você crie o hábito já desde o início de fazer compras e preparar a sua refeição em casa. Fuja das tentações chamadas “junk food”. Uma coisa eu garanto: o bolso e o corpo irão agradecer.
É comum muita gente aumentar o peso nos primeiros meses de vida na Irlanda, pois fatores como busca por acomodação, por trabalho e até mesmo o estresse na finalização da documentação e visto aumentam a fadiga e, consequentemente, o apetite. O resultado é previsível: uma vontade de devorar tudo o que se vê pela frente. O problema é que isso acontece num momento em que nosso o organismo está se adaptando ao novo clima, aos novos temperos, às diferenças alimentares, etc. E se você já não é um jovenzinho, redobrar o cuidado com a alimentação torna-se imprescindível.
Vale no Brasil e aqui também: Exercite-se! Dublin possui vários locais para lazer. Os parques são lindos e os irlandeses adeptos a caminhadas e corridas! Se você chegar no início do inverno, terá um leque de opções em academias, que vão desde musculação a hidromassagem. Existem academias com saunas e até piscinas térmicas.
Mas se sua opção é outra, você pode fazer caminhadas pelos parques e até mesmo dar uma boa pelada pela cidade. Não tem bicicleta? Então já prepare a carteirinha do Dublinbikes, um dos serviços mais eficientes de Dublin e que não aperta o bolso.
Além do cuidado com a alimentação e atividades físicas, vale também cuidar da mente. Sim, porque as mudanças também causam uma bagunça no nosso emocional. Ficar atento a isso é fundamental. Vale levar em consideração o clima, a tendência de hibernar no inverno e mesmo a timidez nos primeiros meses de intercâmbio, quando a língua trava e a insegurança torna-se uma realidade constante! É assim com a garotada e com a turma dos 40 não é diferente. Por isso, mova-se, junte-se a grupos, pratique atividades coletivas, fale sobre as suas inseguranças com amigos, comece algo novo, busque motivação para as pequenas coisas da vida, inscreva-se em um clube de dança! Tudo está valendo para manter a energia e a mente sadia.
Independente da sua opção no lazer, o importante é se movimentar. Vale lembrar que no inverno a cidade tem os dias mais curtos – e quando eu digo curto, estou sendo bem objetivo em relação à claridade. O amanhecer acontece tarde e às 16h já está escurecendo. Se a sua intenção é ficar “largateando no sol” – um ditado bem popular na minha região no Brasil -, tente se organizar para aproveitar o máximo possível, pois o pouco sol que aparece no inverno não dura muito. Já no verão isso muda completamente: o dia é longo e você poderá andar e pedalar até altas horas da “noite”. No entanto, você deverá tomar cuidado para não cair em outras tentações, como as pints e os happy hours com os amigos, pós-trabalho ou pós-aula.
Independentemente do tempo e do clima, o importante é se movimentar, passear, conhecer o local e se exercitar. A vida é tão curta e passa tão rápido. Já que demoramos tanto para tomar coragem e arrumar as malas rumo ao desconhecido, então vamos aproveitar cada minuto antes que o intercâmbio acabe e a gente tenha de retornar para casa.
Esse texto faz parte da série Dublin para Maiores, assinado pelo nosso colunista Fabiano de Araújo e conta a perspectiva daqueles que decidem fazer intercâmbio na maturidade.
Fabiano de Araújo é gaúcho de carteirinha, mas catarinense de coração. Formado em Comércio Exterior, trabalhou 10 anos com exportação. Um belo dia resolveu largar tudo e encarar um intercambio próximo dos 40 anos, como forma de entrar na melhor idade realizando sonhos. Amante por viagens inesperadas está sempre com uma mochila pronta para encarar desafios. Resolveu compartilhar de sua aventura com os demais por acreditar que nunca é tarde para realizar sonhos.
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