Olá pessoal! Me chamo Allan Zanella e, como muitos de vocês, escolhi a Irlanda como destino para estudar inglês. Hoje, quero compartilhar aqui no E-Dublin como foi a minha experiência em uma escola de inglês.
Tenha certeza que a escola vai ser uma das partes mais importantes do seu intercâmbio: é nela que você vai criar seu novo círculo social e se desenvolver como pessoa, pois logo você perceberá que o idioma não será o único aprendizado nessa experiência toda. Eu, por exemplo, aprendi muito sobre história, motivação, como falar melhor, sobre outras culturas e até sobre artes.
Eu esperava um ensino diferenciado, uma mentalidade nova. E foi isso que eu tive, mas eu também escutei muitas histórias de estudantes que foram e aprenderam pouco.
Na escola em que eu estudei, os professores tinham uma preocupação real em transmitir o conhecimento do idioma, além de disponibilizar uma série de atividades no período pós aula. Tours pela cidade com os alunos novatos, aula de pronúncia, conversa, cultura, escrita, dança irlandesa, irlandês (a minha preferida), clube do livro, auxílio para o currículo, festas temáticas e também contadores de história.
Todas essas atividade forçavam, de forma natural, que tivéssemos contato intenso com o idioma.
Ter escolhido o horário da manhã fez uma grande diferença. Digo isso porque, pelo menos na escola em que eu estudei, a parte da manhã tinha estudantes de muitas nacionalidades. Já na parte da tarde, quase 90% das turmas era de brasileiros. Para quem pretende evitar a armadilha de ficar falando português, estudar pela manhã pode fazer uma grande diferença.
Em minha primeira turma, estudei com 2 suíças, 2 espanholas, 1 japonesa e 3 brasileiros. Todos eram bem amigáveis e muito empenhados no aprendizado. Eu já compreendia um pouco de inglês, então me enturmei rápido. A minha primeira teacher era bem divertida e as aulas sempre muito descontraídas. Confesso que o ritmo da fala era rápido e às vezes eu me perdia na compreensão, mas pelo visto eu não era o único.
Se a sua escola disponibiliza espaços para estudos, use! Digo isso pois o Student’s Room da minha escola foi crucial para a minha adaptação e na conquista de novas amizades. O espaço que contava com PCs, livros e uma mesa, proporcionava que os alunos se encontrassem fora da sala de aula.
Eu confesso que muitas vezes aproveitei o espaço para conversar com os amigos brasileiros, principalmente quando as aulas eram puxadas e meu cérebro precisava de uma pausa do inglês para relaxar. Acredite, aprender outro idioma por vezes é bastante desgastante.
Eu estudei com 6 professores e gostei de todos, tive sorte porque muita gente reclamava sobre alguns professores. Curti muito a proximidade dos professores com nós, alunos. Eles perguntavam sobre a nossa vida pessoal, trocavam ideia, o que deixava as aulas muito mais prazerosas.
No período do meu intercâmbio eu mudei três vezes de nível, o que dava uma sensação de estar realmente aprimorando as minhas habilidades com o idioma. Sem falar que tive a oportunidade de aprender com professores e metodologias distintas. Quando cheguei na Irlanda, o meu nível era o pré-intermediário. 8 meses depois, já estava como avançado.
É claro que é importante citar que muito do seu desenvolvimento dependerá do seu comprometimento. Eu atribuo que, no meu processo, 70% foi aprendido na escola e os 30% restantes no dia-a-dia circulando e interagindo em outras situações, mas nada disso seria suficiente se eu não fizesse a minha parte.
Como tudo na vida, apesar de eu ter tido uma experiência incrível na escola onde eu estudei, também houve momentos de stress. Alguns desencontros de informação me incomodaram muito, por exemplo. Certa vez eu pedi para o coordenador da turma para que, quando eu mudasse de nível, ele me colocasse na classe de uma das melhores professoras da escola. Ele disse que não podia, porque tinha certas regras e tal. Mas aí uma amiga, um tempo depois, queria ir para essa mesma turma e ele concordou. Isso tinha que ser mudado.
Escutei relatos de professores ruins antes e durante o intercâmbio, tive sorte de não cruzar com eles. A minha namorada, por exemplo, não teve tanta sorte assim. Então fica como dica, evite chegar no intercâmbio, e principalmente na escola, achando que tudo será perfeito, pois não será.
Escutei muito que as escolas tinham um Brazilian Team, ou seja, um time de brasileiros para auxiliar nas questões práticas da chegada, como visto, abrir conta em banco, etc. Na minha não teve. Não sei se fez muita diferença, pois tive todo o suporte que necessitei, mesmo em inglês. Alguns membros da escola até arriscavam algumas palavras em português, mas muito pouco.
Para concluir, eu posso dizer que a minha experiência com a escola de inglês na Irlanda foi incrível, mas poderia não ter sido. O que vale no final das contas é vir aberto para tirar o melhor da instituição escolhida. Lembre-se que o seu comprometimento é tão fundamental quanto o dos professores!
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