Procurar emprego não é fácil em nenhum lugar do mundo — a começar pela tarefa de produzir um currículo! Não sabemos exatamente o que escrever, se colocamos foto ou não, qual o melhor formato, etc.
Quando estamos em outro país, parece que fica ainda mais complicado. Aqui na Irlanda, por exemplo, não devemos colocar foto nem idade, muito menos o estado civil ou se temos filhos.
Uma outra curiosidade é que, para vagas exigindo graduação, eles esperam por um CV de, no mínimo, 2 páginas — isso foi uma coisa que deu uma enroscadinha para mim, pois sempre tive CV de uma página.
E não adianta encher linguiça. Pesquise outros currículos de profissionais da sua área e observe as keyswords usadas para a vaga almejada.
Uma sugestão eficaz é investir em um coach especializado no país, pois, assim, você terá certeza de que seu CV estará de acordo com as normas vigentes.
Aqui na Irlanda, as agências de emprego agem diferentemente das do Brasil. Eles analisam o CV e, caso se interessem, ligam.
O próximo passo, em geral, ocorre por telefone. Uma espécie de bate-papo informal para checar as informações do currículo. O lado positivo é que, no final da ligação, a agência dá um feedback sobre como você se saiu nessa pré-entrevista, além de algumas dicas de como melhorar.
O próximo passo é direcionar o seu CV para a empresa que ofereceu a vaga. Mas, antes de você ficar todo contente, já aviso: é a empresa, ao receber o CV, que vai decidir em chamá-lo para a entrevista real ou não.
O LinkedIn aqui na Irlanda me pareceu bem mais forte do que no Brasil, no sentido de as agências e empresas entrarem em contato por meio dessa rede. As vagas oferecidas parecem mais acessíveis e, na maioria das vezes que apliquei, tive retornos negativos e positivos.
A aparência é um requisito importante, mas não tem nada a ver com ser bonito ou feio, e sim sobre aparentar ser profissional. Eu, por exemplo, me surpreendi ao ser requisitada para uma entrevista que exigia dress code — terninho alinhado.
No total, foram cerca de 4 meses procurando emprego. Fiz mais de 10 entrevistas. Aconteceu de tudo, desde um diretor com comportamento racista até vaga cancelada na etapa final.
Minha conclusão sobre concorrer a vagas na minha área de formação em um país onde sou imigrante é: “Como um imigrante, você terá que ser 10 vezes melhor que os nativos e, ainda assim, o seu salário corre risco de ser menor do que o de um nativo na mesma posição”.
Tudo isso não me desanimou, apenas me fez crescer como profissional e como pessoa. Se você que está lendo este texto tem vontade de trabalhar na sua área em uma cidade ou país diferente, saiba que não será fácil, mas terá suas vitórias. Confie no seu potencial!
Após 4 meses enfrentando todas as dificuldades e surpresas do processo, consegui uma vaga em uma multinacional americana, por meio do LinkedIn. O processo seletivo se resumiu a uma entrevista com RH e com a gerência.
Estava confiante e acredito que esse foi o meu diferencial. Apostei em exemplificar a minha experiência linkando com as expectativas que as multinacionais esperam de um profissional da minha área.
Aliás, para quem não tem ideia sobre essas expectativas, indico investir algum tempo para assistir aos vídeos no YouTube sobre o six sigma e leadership, além, claro, de sempre ler atentamente as job specifications (especificações da vaga).
A vaga para a qual fui contratada é de Product Leader, uma espécie de supervisor de produção. Atualmente, lidero um time de mais de 40 pessoas — a maioria irlandeses. Os desafios são constantes, mas os resultados têm sido gratificantes.
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