Como ingressei no mercado de TI na Irlanda

Já faz um tempo que queremos desmitificar o universo de TI na Irlanda. Atualmente, esse é um dos setores mais promissores para estrangeiros qualificados. Mas, o objetivo dessa coluna é deixar o canal aberto para profissionais da área que queiram desvendar o mercado de tecnologia na Ilha Esmeralda: Mitos, verdades, inverdades, balelas e muitas outras coisas que se escuta por aí.

Afinal, tem mesmo trabalho nessa área sobrando pelo país? É verdade que só quem tem passaporte europeu consegue abocanhar essas vagas tão aclamadas? E essa ladainha de que mesmo estando no Brasil é possível conseguir emprego? Quem vai responder essas e outras perguntas é você, leitor do E-Dublin e que atua no segmento de tecnologia em Dublin ou em outras cidades irlandesas.

Para compartilhar sua história no mercado tecnológico na Irlanda, basta enviar o seu texto para o jornalismo@edublin.com.br com o assunto: Verdades e mentiras sobre o mercado de TI na Irlanda.

É possível conseguir emprego na área de TI procurando vagas do Brasil? Crédito Shutterstock

Nosso primeiro texto é assinado por Guilherme Macedo, desenvolvedor de Software, na Irlanda desde 2011.

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Olá leitores do E-Dublin! Meu nome é Guilherme Macedo e gostaria de me apresentar como novo colaborador do portal. Sou de Campinas, São Paulo, e moro na Irlanda desde julho de 2011. Minha participação por aqui será focada na área de Tecnologia da Informação (TI), área na qual atuo profissionalmente desde 2005. No Brasil, me formei em Análise de Sistemas e sou Mestre em Engenharia de Software Avançada pela University College Dublin.

Entrando em mais detalhes sobre minha experiência profissional, sou desenvolvedor de software (por aqui chamado “Software Engineer”) e, embora a maior parte de minha experiência profissional tenha sido com a linguagem Java, desde o ano passado tenho focado puramente em JavaScript.

Como ingressei no mercado de TI na Irlanda?

Meu primeiro trabalho na Irlanda foi a Ericsson, em Athlone, no condado de Westmeath. Consegui essa vaga após atualizar meu currículo em inglês no site de carreiras Monster e ser contactado por um recrutador.

Fiz o processo seletivo todo remotamente, via telefone e Skype, e consegui um contrato de 6 meses como “contractor” (igual “PJ” no Brasil). Após a oferta recebida e o contrato assinado, tive que me mudar com minha família em 3 semanas. Foi uma correria maluca, mas deu tudo certo!

Como consegui o emprego na Irlanda mesmo estando no Brasil?

Acho importante apenas notar, de forma resumida, alguns fatores que, ao meu ver, me foram favoráveis a atrair o interesse de empresas da Europa mesmo estando no Brasil:

– Ter mais de 4 anos de experiência como desenvolvedor (atuava como Desenvolvedor Senior no Citibank, em São Paulo);

– Ter experiência em empresas multinacionais no Brasil (além do Citibank, trabalhei na IBM anteriormente);

– Ter um bom nível de Inglês (já tinha estudado e trabalhado fora, mas também utilizava Inglês para trabalhar no Brasil, tanto no Citibank quanto na IBM);

– Ter passaporte Europeu (apenas isso não resolveria, mas unindo com a experiência agiliza muito. Se você não tem, não desanime – darei mais detalhes sobre isso futuramente).

Artigos futuros

Bom pessoal, essa foi uma rápida introdução sobre mim, minha experiência na Irlanda e uma passagem rápida da minha chegada ao mercado de TI no país. Obviamente essa não é a única forma de se chegar na Irlanda para trabalhar nessa área e falarei mais sobre isso em breve, dando dicas de outras possíveis rotas de entrada no mercado de tecnologia irlandês, tanto para quem ainda está no Brasil quanto para quem já está na Irlanda. Também falarei sobre o dia a dia de quem trabalha como desenvolvedor por aqui, as diferenças culturais no ambiente de trabalho, entre outras coisas que muita gente gostaria de saber.

Então, até o meu próximo artigo!

Sobre o autor:
Mestre em Engenharia de Software, Guilherme Macedo possui mais de 10 anos de experiência profissional e trabalha na Irlanda desde 2011. Focado em Java e, mais recentemente, JavaScript, desenvolveu, também, um gosto por cloud computing. Fora da computação, gosta muito de praticar jiu-jitsu e jogar video-game.

Revisado por Tarcísio Junior
Imagens via Shutterstock
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