Levar remédios em viagens é sempre um problema na hora de arrumar as malas. Se é assim para quem vai passar algumas semanas, imagina para quem pretende ficar um bom tempo fora?
No entanto, não se preocupe, pois é perfeitamente possível levar à Europa tanto remédios convencionais quanto controlados, basta que alguns cuidados sejam tomados.
Neste artigo, vamos dar dicas e informações sobre como levar remédios em viagens para a Europa.
Continue a leitura!
Como dissemos, levar remédios em viagens para a Europa não é um bicho de sete cabeças, mas a medicação controlada pode ser um problema maior. Ela pode e deve acompanhar o viajante durante o voo, desde que sejam seguidos alguns cuidados.
Como regra, se você faz uso de qualquer remédio controlado, como ansiolíticos ou medicamentos para asma, é preciso levar receita médica. O mesmo vale para diabéticos, que precisam aplicar insulina. Se o tempo de permanência no país de destino for longo, a recomendação é levar medicação suficiente para toda sua estadia. Com receita, claro.
Existe, no entanto, outra precaução a ser tomada.
Cada país pode ter regulamentações específicas para o uso de diferentes medicamentos e, mesmo que seja permitido o seu uso no Brasil, pode ser proibido na França, por exemplo.
Por isso, uma das primeiras coisas a se fazer é verificar a lista de medicações proibidas em seu país de destino. Isso pode ser feito por meio de consultas em sites governamentais oficiais ou, mesmo, em sua embaixada.
A União Europeia também tem listas atualizadas de medicamentos com controle em países do bloco.
Se, por fim, descobrir que sua medicação é proibida em seu país de destino, consulte-se com a embaixada brasileira no país para definir o procedimento correto para regularizar sua situação.
Como as proibições podem variar bastante entre país e país, é inviável fornecermos uma lista completa.
No entanto, os seguintes tipos de medicamento são costumeiramente razão para se preocupar:
Todo cuidado é pouco ao levar remédios em viagens, mesmo quando não proibidos no país de destino e acompanhados de prescrição médica.
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Explicitamente, não — mas você deveria, mesmo assim.
Os sites da INFRAERO e da ANVISA não têm nenhuma recomendação específica quanto à tradução das receitas ao levar remédios em viagens. A orientação oficial é de que os medicamentos sejam mantidos na caixa original, acompanhados de receita médica com o nome do paciente (que deve ser confrontado com o nome no cartão de embarque).
Uma pesquisa em órgãos oficiais internacionais mostra que a regra varia de país para país, mas a recomendação de uma receita médica é senso comum. Se você é usuário de medicação contínua e precisa levar remédios para um ano de estadia, não custa pedir ao seu médico uma receita em inglês, certo? Afinal, se você vai carregar tanta coisa, esse documento em inglês pode facilitar — e muito — a sua vida no aeroporto.
Um atestado também pode ajudar e deve ser descrito de forma simples ao levar remédios em viagens, alegando que o paciente sofre determinada doença e necessita de medicação específica. Além disso, ele deve descrever o tipo de medicação e como será ministrada, a fim de justificar os remédios levados.
Por exemplo, no caso de um diabético, descrever o tipo de diabetes, a medicação e, também, os aparelhos que ajudam no controle e medição.
Outra dica é convencer o seu médico a digitar a receita e os laudos e assinar, para evitar problemas de compreensão devidos à famosa má caligrafia atribuída aos profissionais de saúde brasileiros.
Remédios ditos convencionais, ou seja, aqueles que não precisam de prescrição médica em nosso país, podem ser levados com menos dor de cabeça. Mesmo assim, é importante verificar se não são proibidos em seu país de destino.
Nesse caso, é possível levar esses medicamentos sem qualquer receita médica. De acordo com a ANVISA, os medicamentos que não precisam de prescrição médica são colírio, solução fisiológica para lentes de contato, etc.
Oficialmente, você precisa de receita, até, para carregar paracetamol e antigripal, já que a ANVISA não explica o que são os “etc”. Mas calma, até hoje nunca ficamos sabendo de alguém que foi deportado por carregar uma caixa de remédio para dor de cabeça!
A regra é mais rígida para os medicamentos controlados ou especiais. Nesse caso, receita na mão!
Se ainda restar alguma dúvida, vale a pena passar no Centro de Orientação ao Viajante. Lá eles vão analisar o seu caso e esclarecer qualquer problema.
Vamos a algumas dicas importantes sobre transportar remédios para sua viagem à Europa:
A farmacêutica-bioquímica Mariana Meier alerta sobre os cuidados para quem já está na Irlanda ou, mesmo, em outros países da Europa, e busca comprar de medicamentos de terceiros, ou por fontes informais.
Vale ressaltar que a venda indiscriminada de medicamentos é totalmente proibida na Irlanda, assim como é no Brasil — se essa atividade envolver medicamentos controlados, popularmente conhecidos como “tarja preta” e antibióticos, é considerado um crime grave.
Por isso, é importante que, se você faz uso de algum medicamento específico, você traga um estoque, acompanhado da receita médica do Brasil, ou procure um médico (GP), para que você tenha acesso à medicação de forma regulamentada.
Você já deve ter encontrado postagens nas mídias sociais com brasileiros propondo troca e venda de medicamentos. O que pode parecer uma solução rápida e econômica, na verdade, pode trazer sérias implicações para os envolvidos, já que a venda de medicamento por pessoas não autorizadas é uma prática ilegal em qualquer país do mundo.
Apenas uma empresa registrada, com Farmacêutico responsável, pode comercializar medicamentos. Então, se alguém é descoberto comercializando qualquer tipo de remédio, especialmente em outro país, estará com sérios problemas.
A punição dependerá do tipo de medicamento, da quantidade e da profissão da pessoa envolvida (um profissional da área da saúde sofrerá consequências maiores).
Além disso, se houver algum dano à saúde da pessoa que comprou, o vendedor também pode ser responsabilizado.
É bem provável que a pessoa precise responder na justiça local do país e na brasileira. Na Irlanda, a condenação para tráfico internacional de drogas é de, no mínimo, um ano de prisão e, no máximo, perpétua, dependendo do caso.
Vale ficar atento a essas questões antes de pensar na possibilidade de fazer uma grana extra com o comércio de medicamentos por aqui.
O site do Citizen Information indica como substâncias controladas: cannabis, cocaína, heroína e anfetaminas. A penalidade para quem tentar entrar na Irlanda com tais drogas é de 2500 euros, com risco de prisão por até 12 meses.
Porém, nem sempre as substâncias tidas como ilegais na Irlanda são tão óbvias assim.
Em dezembro do último ano, por exemplo, um indivíduo foi condenado na Irlanda por exportar um medicamento que tinha a informação de produto natural para problemas de disfunção erétil, mas a substância entrava na categoria de ilegal na Irlanda, já que não passava pelo processo de regulamentação no país.
Por isso, principalmente para quem faz uso de medicamento controlado, ou para uso específico, pesquise antes de trazê-lo para o intercâmbio a fim de evitar problemas.
Alguns medicamentos podem ser encontrados na Europa com facilidade, outros não. Remédios controlados, por exemplo, como já mencionamos, devem ser levados em quantidade suficiente para uso durante a viagem. Caso contrário, pode ser necessário marcar consulta médica para conseguir receitas para comprá-los.
Fale com seu médico antes de viajar sobre o assunto.
As mulheres recomendam: “raga anticoncepcional!”.
A venda de anticoncepcionais podem ser apenas realizada com receita médica em alguns países. Por isso, o conselho é levar um pequeno estoque, suficiente para passar o tempo de viagem.
Geralmente, você não terá problema, já que a quantidade será identificada como para uso pessoal, caso seja questionada.
Alguns países da Europa, vendem medicamentos mais comuns, que não precisam de receitas, com facilidade. Geralmente, além de farmácias, eles são vendidos em supermercados.
Remédios que geralmente são vendidos na Europa:
É importante lembrar que, se você for estudante e tiver a carteirinha, é possível conseguir desconto em algumas redes de farmácia.
Os supermercados são uma boa opção e, às vezes, tudo sai mais barato que nas drogarias. Porém, bastante cuidado: automedicação não é brincadeira.
Você pode começar o próximo passo do seu planejamento de intercâmbio pelo mundo. Que tal continuar pesquisando sobre essa ideia? Encontre dicas ótimas no nosso guia especial para vários países do mundo.
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