Em continuação ao post anterior, o qual comparei a educação no Brasil e na Irlanda, vou falar de um outro detalhe que me chamou atenção:
O uso excessivo de “ítens” em casa (que chamamos aqui de furniture).
Reparei isso pela primeira vez assim que cheguei, e minha mãe fez um almoço especialíssimo pra mim: arroz, feijão, polenta, bife acebolado e salada.
Além de ser um prato que adoro, teve todo o carinho e talento que só as mães sabem fazer.
Deixando um pouco a parte emocional de lado, vi que nessa brincadeira do almoço, onde só estavam minha mãe, meu irmão e eu, foram utilizadas: 4 panelas, 1 frigideira, umas 6 colheres, 6 garfos, 8 facas e mais pelo menos uns 8 pratos.
Contando fica absurdo, mas na hora voce nem repara: prato pra colocar a salada, outro prato pra colocar os bifes, garfo pra pegar a salada, colher pra arroz, concha para feijão, outro garfo pra polenta, etc, etc.
Colocando em comparação aqui, nesse cenário eu não teria talheres suficientes para 3 pessoas.
“Po Edu, mas voce mora sozinho e nem se compara”
Como assim sozinho? São 3 pessoas aqui em casa. No Brasil são duas: minha mãe e meu irmão. Será que era necessário ter usado essa quantidade de talheres? Lembrando que isso gera mais trabalho pra limpar.
Eletrodomésticos. Lá em casa tem 3 televisões. Uma não funciona, outra só pega 1 canal pois não tem antena, e a da sala é a única que está 100%.
Porque não jogar fora ou doar as outras 2 televisões? Na minha visão, no Brasil temos a impressão de que estamos “jogando dinheiro fora” ao jogar um eletrodoméstico no lixo.
Aqui, se você for em um centro de reciclagem, vai encontrar computadores, televisões, rádios e vários outros eletrodomésticos que eram desnecessários e foram “jogados fora”.
Isso ajuda a manter a casa organizada e funcional.
Além de eletrodomésticos, vários outros ítens podem ser mencionados como “desnecessários” em uma casa de 2 pessoas: 3 rádios, 12 toalhas de banho, 3 guarda-roupas enormes além das cómodas. Precisa de tudo isso mesmo?
Lembro que alguém mencionou a história de um americano que prometeu a si mesmo viver com o mínimo necessário: 2 pares de calcados, 2 calcas jeans, etc, etc.
Claro que não quero colocar os extremos aqui, mas se pensarmos bem, temos uma mania de guardar coisas ou de ter coisas em excesso com a desculpa de “ah, isso é importante” ou “é uma lembrança de 1893, não posso desfazer” ou “ah, vai que chega um comboio de visitas”
Nao vou levantar a questão dos “ítens” emocionais, afinal de contas, faz parte da vida de cada um querer guardar o que quiser. Por outro lado, coisas que são meramente funcionais (TV, geladeira, rádio, roupas, etc) ainda são desnecessariamente guardadas em casa (pelo menos na de muitos que conheco).
Que levante a a mão aquele que não tem um “quartinho/cantinho da bagunça” onde ficam entulhadas todas essas coisas que falei :)
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