Aqui na Irlanda o sistema de saúde funciona totalmente diferente do Brasil. Também existe o sistema público, que assim como o nosso tem muitas deficiências. Quando viemos para a Irlanda, fazer intercâmbio, estudar, trabalhar ou passear, temos alguns itens obrigatórios inclusos no pacote. Um deles é o seguro de saúde governamental. Muitas pessoas compram, além deste seguro obrigatório, um seguro que dá mais direitos e é mais fácil na hora de ser ativado. Mesmo assim, é grande a lista de restrições.
Começando pelo fato de que sempre que você precisar ir ao médico, a primeira pessoa que vai te atender é o GP (General Practitioner), que é um clínico geral. Mesmo que você já saiba qual o problema e qual o especialista, é pelo GP que você vai começar a resolver. E o lado ruim disso: é preciso pagar para o GP e depois pagar novamente na nova consulta com o médico especialista que você vai ser indicado. Cada consulta custa no mínimo € 50. O médico pode também te cobrar pela prescrição do remédio, que dependendo da situação poderá ser usada só para aquela situação ou para alguns meses. Além disso, alguns medicamentos não podem ser comprados sem a prescrição do médico.
Estamos acostumados a ter acesso à medicação muito mais fácil no Brasil, mas na Irlanda o processo é diferente e não tem como escapar disso quando necessário. Muitos brasileiros já passaram por diversas situações envolvendo saúde por aqui, afinal, o clima é diferente e o nosso corpo precisa de uma adaptação. E neste momento, o risco de pegar qualquer doença, é grande. Quando o Edu precisou pela primeira vez ir ao médico, ele passou por tudo isso que falamos acima. Após ir ao médico, contamos esta história aqui, ele precisou comprar o remédio. Veja como foi:
“O remédio precisou mesmo de prescrição médica. Fui na farmácia, levei a prescrição, a mulher pediu pra aguardar.
Passaram 10, 15, 20, 25 minutos, e ela voltou:
“O senhor é o Edwardo?”
“Sim senhora, sou.”
“Ta aqui.”
E me entregou uma embalagem “lacrada”, com meu nome e endereço. Ao abrir a embalagem, me deparei com uma espécie de nota fiscal com meu nome e endereço, junto com a caixinha do remédio. Abrindo a caixa, meu nome estampado no vidro do remédio!
Aproveitando que eu estava na farmácia, pensei ‘vou comprar camisinha e um shampoo anti-caspa’ (Claro que a camisinha era pra fazer bexiga e o shampoo é pra passar no cachorro, mas vou fingir que comprei pra mim).”
Camisinha = Condom ou Durex (nao é protection e muito menos “preservative” ok?)
Custo: 10 euros (12 camisolas)
Shampoo anti-caspa = Scalp Shampoo
Custo: 7 euros
Este post foi atualizado e revisado por Júlia Paniz em Janeiro 2014.
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