Você mora aqui, passa todos os dias por eles nas ruas da cidade, mas nunca soube o que representam. Dublin é repleta de estátuas e monumentos que fazem alusão à história irlandesa e nós já contamos a história de alguns famosos como a Molly Mallone, o Charles Parnell e o James Larkin. Como a lista é extensa, selecionamos cinco monumentos que certamente você já viu e que representam grandes períodos da cidade. Vamos à lista!
Daniel O’Connell foi um dos políticos mais importantes da Irlanda, tanto é que uma das principais ruas de Dublin leva seu nome, onde, por sinal, está sua estátua. Ele foi o primeiro prefeito católico da capital irlandesa e lutou muito para que os cristãos de sua religião pudessem ter os mesmos direitos dos protestantes. Por isso, ficou conhecido como “The Libertator” (O Libertador).
O monumento em sua homenagem foi inaugurado em 1882 e esculpido por John Foley, levando 19 anos para ficar pronto. Na estátua, O’Connell é rodeado por quatro mulheres com asas. Elas representam sua coragem, fidelidade, retórica e seu patriotismo.
No início da Dame Street, entre a Trinity College e o Bank of Ireland, há esta fonte histórica que costuma estar coberta de espuma, seja por protestos ou vandalismo. O monumento é uma homenagem ao poeta Thomas Davis e ao poema “A Nation Once Again”, que representa a luta pela independência da Irlanda.
Davis está retratado na frente da fonte e os quatro trompetistas do chafariz simbolizam as Quatro Províncias irlandesas. A escultura é do artista irlandês Edward Delaney.
Essa cena tocante relembra uma época de muita dor e tristeza para a Irlanda: a Grande Fome (The Great Famine). Entre 1845 e 1849 mais de um milhão de homens, mulheres e crianças morreram por conta de uma praga que destruiu as plantações de batata da época. Sem sua principal fonte de alimento, as pessoas ficaram desnutridas e a criminalidade aumentou muito.
As estátuas que representam esse período estão expostas na Custom House Quay, em Docklands. Elas são do escultor Rowan Gillespie e foram inauguradas em 1997.
Este pequeno monumento pode passar despercebido, mas já foi uma importante referência para os vikings. Por volta do século X, esse marco foi erguido com 4 metros de altura para delimitar o ponto onde as margens do rio Liffey ficavam rasas a fim de impedir o encalhamento dos barcos. Hoje o local é uma ilha onde as ruas D’olier Street, Townsend Street e Pearse Street se juntam.
O monumento atual simboliza a pedra original, que foi utilizada por mais de 800 anos e removida antes de 1750. Na nova escultura, inaugurada em 1986, o escultor Clíodna Cussen retratou a face de Ivar, um líder viking do século IX.
A “Carrugagem da Vida” fica entre a Talbot Street e a Abbey Street em frente ao conjunto comercial Irish Life. A estátua é obra de Oisin Kelly e está exposta desde 7 de julho de 1982, ano da morte do artista. Ele se inspirou no personagem da mitologia irlandesa Aengus, Deus da Juventude, Amor e Inspiração Poética para criar o monumento. A imagem representa o equilíbrio entre a razão e a emoção, simbolizado pela tensão do homem sobre a carruagem invisível e os cavalos.
Os irlandeses apelidaram a obra como “The Mad Milkman of Abbey Street” (O Leiteiro Maluco da Abbey Street). Provavelmente porque o homem poderia estar carregando garrafas de leite!
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