O governo irlandês tem feito vários anúncios que favorecem os estudantes estrangeiros que vêm para a Irlanda estudar inglês, possibilitando a permanência regular na ilha. Mas para que isso aconteça, existe a exigência de que eles estejam matriculados em cursos online, o que tem preocupado o ICOS (Irish Council for International Students), que auxilia na boa qualidade do ensino irlandês.
O ICOS publicou uma carta aberta ao Departamento de Justiça e Igualdade da Irlanda, em especial ao ministro Charlie Flanagan, a respeito das iniciativas a favor dos estudantes internacionais por conta da pandemia do Covid-19.
O conselho questiona a qualidade dos cursos online obrigatórios oferecidos pelas escolas de inglês. Segundo o órgão, existe uma “profunda preocupação” com a qualidade do aprendizado online em relação ao presencial.
“É decepcionante ouvir relatos de alunos de que as escolas de inglês não estão diminuindo as taxas do curso, apesar do fato de as aulas on-line constituírem uma parcela significativa do curso de muitos alunos”, ressaltou o conselho.
Segundo a nota, publicada no site da ICOS, a diretora executiva do órgão, Sarah Lennon, afirmou que apenas 13% dos estudantes de inglês estavam satisfeitos com as aulas on-line “em contraste marcante com os alunos de institutos de ensino superior, onde havia um grau muito maior de satisfação com as aulas on-line oferecidas”.
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O ICOS afirmou que está reiterando ao governo para introduzir padrões para garantir a qualidade das aulas oferecidas, ao mesmo tempo em que incentiva que as escolas de inglês ofereçam descontos nas taxas do curso para estudantes que precisam se inscrever em cursos on-line durante o período de lockdown.
Recentemente, o ministro Flanagan estendeu para dois meses o tempo para a permanência de estudantes que estão com os vistos vencidos entre maio e julho.
Flanagan também anunciou a possibilidade de estudantes que já concluíram os dois anos permitidos de permanência na ilha que sigam morando na Irlanda até o fim do ano, além dos estudantes que foram embora por causa do coronavírus, que possam voltar sem descontar no visto o tempo que ficaram fora.
Também foi anunciado que os estudantes que forem renovar os vistos não precisarão comprovar os 3.000 euros entre outras questões.
Todas essas possibilidades, no entanto, só são válidas se o estudante internacional se matricular em cursos online, até que as escolas voltem a funcionar, com previsão para depois de setembro de 2020.
O ICOS tem levantado outras preocupações sobre outros desafios relacionados a estudantes internacionais, incluindo condições de moradias superlotadas, dificuldade em acessar um número PPS e preocupações em pagar o aluguel.
Nós contamos aqui no E-Dublin o caso de brasileiros que chegaram recentemente à ilha, mas não conseguiram tirar os documentos necessários para trabalhar por conta da pandemia do Covid-19.
Para entrar em contato com a ICOS basta acessar o site do conselho.
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