A universidade irlandesa Griffith College Dublin promoveu uma reunião, no dia 25 de junho, com o cônsul geral da Irlanda em São Paulo, Eoin Bennis, com a participação de integrantes de outras instituições para falar sobre as recentes mudanças envolvendo vistos para brasileiros na Irlanda.
A equipe do edublin foi convidada e aproveitou para tirar várias dúvidas, esclarecendo diversos pontos da atual situação do país em relação a vistos para imigrantes brasileiros.
Desde 15 de junho de 2021, a Irlanda retirou o Brasil da lista de nações em que seus cidadãos não poderiam entrar na Irlanda sem a aplicação prévia para o visto. Agora, quem sai do Brasil, por exemplo, não precisa mais solicitar um visto online antes de embarcar com destino à Irlanda.
A saída do Brasil da lista, segundo Eoin Bennis, não significa que a Irlanda está aberta para viagens não essenciais.
Durante a reunião promovida pela universidade Griffith College, ele disse que viajar para a Irlanda para estudar inglês não está entre as viagens essenciais e que a prioridade hoje são os estudantes de terceiro nível (universitários, mestrandos, doutorandos, etc). “Estamos chegando ao fim desse impasse. Pedimos paciência, pois vamos chegar lá em breve”, disse.
“Muitos colegas de todos os setores estão trabalhando duro para que o setor de estudo de idiomas na Irlanda reabra muito em breve. Existe muito trabalho a se fazer para se assegurar todos os protocolos, para que os espaços estejam prontos para receber estudantes do Brasil”, ressaltou o cônsul.
Leia também: Vistos para brasileiros na Irlanda durante a pandemia (atualizada)
Segundo Eoin Bennis, tudo está sendo feito para garantir a segurança dos alunos e da Irlanda.
“Queremos que os estudantes do Brasil possam ir para a Irlanda, mas que eles se sintam seguros ao fazer parte dos nossos espaços de educação novamente”, disse, ressaltando que com o programa de imunização caminhando e com a possibilidade de reabertura das viagens não essenciais no dia 19 de julho, haverá muitas mudanças rápidas nas próximas semanas.
“Eu não vejo a hora que exista essa reabertura e as escolas da Irlanda também não. E isso será em breve.”
Ele ressaltou que, no momento, brasileiros que chegarem à Irlanda como turistas (ou seja, sem serem estudantes de terceiro nível ou com direito a um visto essencial — seja de reunificação familiar ou de trabalho, por exemplo) terão que deixar o país.
Sobre uma futura volta do Brasil à lista de países de onde é preciso de visto prévio para entrar na Irlanda, o cônsul ressaltou que o que houve de janeiro a junho foi um “cenário temporário”.
“A situação da Irlanda está melhor e continua melhorando. É importante frisar que o que houve não foi apenas com o Brasil, não foi um alvo específico, mas outros países também foram colocados nesta lista. Eu asseguro que as coisas voltaram do jeito que eram antes.”
Eoin Bennis ressaltou que a chegada de brasileiros na Irlanda neste momento — dentro das possibilidades atuais de visto — ainda requer a quarentena em hotéis. A exceção são para aqueles que já foram vacinados e que respeitarem o período de imunização.
Porém, apenas as vacinas já aprovadas pela UE entram nesta lista. Ele destacou que a CoronaVac ainda não foi aprovada pelo bloco europeu. “Sei que um grande número de pessoas no Brasil já tomou a vacina CoronaVac e quer viajar para a Irlanda. Esperamos que até julho, agosto e definitivamente em setembro, quando os estudantes de terceiro grau chegarem — e, tomara a Deus, estudantes de idiomas — o grupo de vacinas aprovadas seja ampliado.”
Eoin Bennis relembrou ainda que não existem voos diretos entre Brasil e Irlanda e que é preciso que as pessoas saibam o que está acontecendo nos países de trânsito. “Se você vier para a Irlanda via Frankfurt, Amsterdã ou Lisboa, por exemplo, precisa verificar as regras de aeroportos de cada país.”
Muitos brasileiros enviaram documentos importantes como o próprio passaporte ao consulado e à Embaixada da Irlanda no Brasil, durante o período em que os brasileiros precisavam aplicar para o visto antecipadamente. Eoin Bennis disse que eles irão retornar todas as aplicações enviadas e que não é preciso fazer nenhuma solicitação para isso.
“Todo mundo que enviou as informações vão tê-las de volta nos próximos dias ou semanas. Estamos trabalhando duro para fazer isso o mais rápido possível.”
Sobre a comprovação financeira, Eoin Bennis destacou que o valor voltou ao que era antes para estudantes brasileiros.
Desde 15 de junho, quando o Brasil saiu da lista de países de onde era necessário ter visto prévio para entrar na Irlanda, estudantes que se registram para um curso superior a seis meses (ou um ano letivo) devem apresentar comprovação financeira de 3.000 euros e não 7.000 euros como estava designado entre janeiro e junho.
“Eu sei que houve uma grande preocupação sobre esse assunto, mas o valor voltou ao que era antes da pandemia”.
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