Com os pubs tecnicamente “fora de funcionamento”, a Irlanda viu sua capital Dublin ferver de pessoas bebendo pelas ruas centrais, sem distanciamento social ou qualquer medida restritiva como forma de impedir a contaminação pelo novo coronavírus.
Cerca de 60% dos pubs da Irlanda reabriram como restaurantes no dia 29 de junho. Isso significa que eles precisam obrigatoriamente servir pratos para seus clientes, além de pints. Entre outras regras, a permanência é limitada a 105 minutos.
Por isso mesmo, no fim de semana havia longas filas na porta de pubs populares da capital. Quem quisesse ir ao Pyg Malion, por exemplo, teria que enfrentar ao menos duas horas de espera.
Foi assim que aqueles que não conseguiram entrar em nenhum estabelecimento foram para as ruas. Locais como a South William Street, próximo ao shopping Powerscourt Townhouse Centre, ou a Dame Lane, ruazinha cheia de pubs, ficaram completamente lotadas. Pessoas levaram “caixinhas” de som, compraram bebidas nos supermercados e fizeram das ruas grandes baladas.
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No supermercado Dunnes, da George Street, as cervejas acabaram das geladeiras. O mesmo aconteceu com lojas de conveniência aos arredores como Spar e Centra. A Garda até chegou a ir a esses locais, mas sem sucesso na repressão. Como se sabe, na Irlanda não é permitido beber em locais públicos como ruas e praças.
O primeiro-ministro irlandês (Taoiseach), Micheál Martin, fez um comunicado nesta segunda-feira, 6 de junho, alertando que a reabertura dos pubs, marcada para acontecer no dia 20 de julho, poderá ser adiada se os números da Covid aumentarem. O comunicado surge após as cenas de ruas lotadas em Dublin e Cork.
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“Temos que colocar a saúde pública em primeiro lugar. Essa é a questão abrangente. A única maneira de recuperar a economia é se mantivermos o Covid-19 em baixa. Qualquer alteração a isso seria um desastre para o país”, disse ao Cork’s 96FM, segundo reportagem da RTÉ.
Martin também reafirmou a ideia de uma “green list” de países onde pode-se viajar e voltar para a Irlanda sem precisar fazer quarentena deve sair apenas após 20 de julho.
Foto de capa: Christine Jou/Unsplash
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