Com a aproximação de 20 de julho, data limite prometida pelo governo irlandês para a divulgação da “green list” dos países de onde não será necessário fazer quarentena ao desembarcar na Irlanda, uma certa pressão tem sido feita no sentido de endurecer as regras nos aeroportos. O governo, porém, não deve criar mais obstáculos para quem chegar na ilha.
De acordo com reportagem do jornal Irish Times, as medidas atuais deverão ser mantidas. Ou seja, pessoas que chegarem de qualquer destino (fora da “green list”) nos aeroportos e portos irlandeses serão orientadas a fazer quarentena (14 dias) e preencher um formulário, porém a regra não é “mandatory” (uma obrigação).
A reportagem informa que a introdução de quarentena obrigatória ou o cancelamento de voos vindos de algumas partes do mundo são Improváveis.
Falando após uma reunião do Gabinete na segunda-feira, o Ministro de Negócios Internacionais, Simon Coveney, disse: “Não acho que deveríamos impedir que os vôos aterrissem na Irlanda ou proibir viagens internacionais. Essa não é a abordagem que adotamos.”
O vice-primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, afirmou que também é muito difícil que exista algum tipo de teste obrigatório na chegada de pessoas à Irlanda vindas de outros países. Em entrevista à rede RTÉ, ele disse que poderá haver testes aleatórios nos portos e aeroportos.
Varadkar também afirmou que a “green list” será finalizada nos próximos dias.
Apesar do não endurecimento das regras, a empresa irlandesa Ryanair criticou a postura do governo irlandês de manter quarentena para pessoas que chegam na ilha via aeroportos. A companhia afirmou que o país é o único da União Europeia a manter essa decisão entre nações pertencentes ao bloco. A UE divulgou uma lista de países onde não é mais necessária a quarentena, além da liberação entre os Estados que fazem parte da área Schengen de viagens entre eles, mas a Irlanda segue com sua política de viagens independente.
A crítica da companhia faz sentido, já que o governo irlandês recomenda aos seus cidadãos que não viagem a países da UE, mas mantém a fronteira aberta com a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido, onde a contaminação por coronavírus é maior do que muitos países europeus.
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