Marcelle Blaser foi a primeira brasileira a receber uma dose de vacina contra a Covid-19 na Irlanda. Foto: acervo pessoal
A enfermeira Marcelle Blaser, 37, de Goiânia, foi possivelmente a primeira brasileira a ser vacinada na Irlanda contra a Covid-19. Ela atua há cerca de três anos no país que escolheu para viver em 2017. Por isso mesmo, está em um dos grupos prioritários para receber as doses da Pfizer/Biontech Covid-19, o dos profissionais de saúde.
Marcelle contou ao E-Dublin que, neste primeiro momento, apenas funcionários de alguns setores, como Emergência e Unidade de Terapia Intensiva, estão sendo vacinadas. Ela justamente trabalha na área de UTI do St. James Hospital, em Dublin, e foi imunizada no último dia de 2020.
Marcelle Blaser atua como enfermeira na Irlanda e recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no último dia de 2020. Foto: Acervo pessoal
Ela ressaltou que não houve obrigatoriedade de tomar a vacina por parte do governo e que nem todos os colegas de trabalho conseguiram ser vacinados por causa da alta demanda. “Aos poucos eles estão liberando mais datas e horários, mas apenas para quem tem interesse”, disse.
Para ser vacinada, Marcelle preencheu um formulário no hospital para confirmar que se enquadrava nos critérios como não estar grávida, estar sem sintomas de Covid e não ter alergia a Polietilenoglicol.
“Estava esperando ansiosamente pela chegada da vacina. Já tinha pesquisado a respeito, estava acompanhando o processo de validação e vacinação ao redor do mundo, vi as notícias sobre os testes e os desafios de logística sobre essa vacina (Pfizer)”, ressaltou.
Marcelle deve tomar a segunda dose no fim de janeiro. “Eu me sinto privilegiada por ter acesso prioritário, principalmente trabalhando em um ambiente de alto risco com casos aumentando cada vez mais. Dessa forma me sinto mais segura para fazer meu trabalho.”
Ela também ressaltou que está bem após tomar a vacina e que apenas uma leve dor no braço ficou após a vacinação, o que acontece e é comum com todas as vacinas injetáveis.
Marcelle exibe seu cartão de vacinação após ser imunizada na Irlanda. Foto: Acervo pessoal
Marcelle contou que se mudou para a Irlanda já com a intenção de atuar como enfermeira, mas precisava ter fluência no inglês primeiro. “Quando cheguei comecei a trabalhar como Healthcare Assistant e fui estudando e aprimorando o inglês. Após aproximadamente 10 meses, recebi o meu PIN Number (registro de enfermeira na Irlanda)”, disse.
Segundo ela, enfermagem é uma profissão bem puxada no país, mas ressalta que “o mercado está bem aquecido e sobram vagas”.
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Conforme já explicou, Marcelle trabalha na linha de frente contra a Covid-19 na Irlanda, atuando nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Apesar de ser uma profissão de risco e intensa, Marcelle sente sua atuação como um desafio.
“A pandemia veio como uma guerra e nós somos soldados na linha de frente. Existe uma abstenção muito grande por funcionários que se adoecem também, causando uma sobrecarga de trabalho ainda maior, fora o peso e a responsabilidade de não servir de vetor de contaminação dentro do próprio hospital, comunidade e no lar”, conta.
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