Em meio à pandemia da Covid-19, uma das perguntas mais frequentes que o E-Dublin recebe em suas redes sociais é: “eu já posso fazer meu intercâmbio na Irlanda?”. Ela é seguida de outras como “posso viajar para a Irlanda vindo do Brasil?” ou “posso visitar a Irlanda a turismo?”.
Até a semana passada, quando a Irlanda estava sob o Nível 5 de lockdown — o mais restrito de todos — a resposta a todas essas perguntas seria um “NÃO!” em caixa alta. Mas desde o dia 29 de novembro, o país liberou a quarentena para viajantes do mundo todo que testarem negativo para a Covid-19 ao chegar na ilha.
Agora, no Nível 3 do lockdown, o país também começa novamente abrir lojas, serviços, restaurantes e até hotéis. Além disso, as escolas de inglês já podem voltar a funcionar em seus espaços físicos.
Neste artigo, tiramos algumas das principais dúvidas de nossos leitores sobre viajar para a Irlanda durante a pandemia da Covid-19.
Sim! Durante o Nível 5 do lockdown, as escolas de inglês foram informadas pelo Departamento de Justiça da Irlanda que não deveriam receber novos alunos, justamente porque as aulas foram todas remanejadas para plataformas online.
Agora, com o Nível 3, algumas escolas voltaram a ter aulas presenciais, por isso, estão autorizadas a receber novos alunos.
Se você agendou para vir para a Irlanda, a nossa sugestão é que entre em contato com a agência de intercâmbio e a escola e questione se as aulas estão sendo feitas online ou não e confirme se estão autorizados a receber novos alunos.
Além disso, você vai precisar de uma carta da escola para mostrar para a imigração, um dos itens básicos para entrar no país como intercambista, além de outros documentos e informações.
Tecnicamente, a Irlanda nunca impediu que pessoas do resto do mundo entrassem em seu território. É preciso, porém, fazer 14 dias de quarentena e demonstrar uma razão para entrar no país. Essa “razão” pode ser interpretada de várias formas pelos agentes de imigração.
Se a ideia é fazer turismo no país, esse não é o melhor momento. Isso porque a recomendação do governo é clara: “viaje apenas se for essencial”.
Mas se mesmo assim o turista quiser viajar para o país, ao chegar ele precisa preencher o Passenger Locator Form, um formulário onde você diz qual endereço ficará, restringindo seus movimentos por 14 dias.
Existem penalidades pelo não preenchimento do formulário ou pelo não fornecimento de dados precisos. O passageiro pode ser multado até € 2.500 ou preso até 6 meses, ou ambos, no caso de violar essa regra.
Vamos explicar agora como funciona o sistema de semáforos europeu e quem pode colocar um fim da quarentena obrigatória na Irlanda ao ter em mãos um teste negativo para a Covid-19.
No caso de passageiros que chegam na Irlanda vindos de países da União Europeia, EEA (Espaço Econômico Europeu) ou Reino Unido, o país está usando o sistema de semáforo proposto pelo bloco.
Os países são identificados com as cores vermelho, laranja e verde, conforme a taxa de contaminação pela Covid-19 em seus territórios. As regiões em cinza não possuem testes suficientes para saber a taxa de contágio ou não tem dados que informem isso.
Passageiros que chegam de países que estão na cor verde não precisam fazer quarentena ao chegar na ilha. Quem chega de nações identificadas como laranja, vermelho ou cinza precisa restringir os movimentos por 14 dias.
Porém, a quarentena será liberada para quem apresentar um exame PCR (Polymerase Chain Reaction) negativado da Covid-19 após a entrada no país. Eles estão disponíveis nos aeroportos da Irlanda e precisam ser feitos até cinco dias depois da chegada.
Os testes da Covid-19 podem demorar horas ou dias para ficarem pronto, dependendo da empresa contratada e do valor pago — 99 a 159 euros. O passageiro que aterrissar na Irlanda deve se manter em isolamento até receber o resultado negativo do teste, que geralmente chega por e-mail.
Sim! Desde o dia 29 de novembro, todos os passageiros vindos de países que não pertencem à UE, EEA ou Reino Unido estão categorizados na mesma regra válida para os países categorizados em vermelho ou cinza do sistema de semáforos europeus.
Ou seja, os passageiros vindos do Brasil, por exemplo, precisam fazer quarentena de 14 dias até que apresentem um teste PCR feito até cinco dias depois da chegada ao país.
“A abordagem de teste pós-chegada para regiões vermelhas / cinza na categorização do ECDC também se aplicará a chegadas de todos os países não pertencentes à UE / EEE a partir de 29 de novembro de 2020”, diz o texto no site do governo.
Depende! Esse pode não ser o melhor momento para o tão sonhado intercâmbio. O país, apesar de aberto durante o Nível 3 do lockdown, que deve durar pelo menos até janeiro, ainda não está funcionando a plenas forças. Existem muitos intercambistas desempregados, recebendo auxílio emergencial.
Esse auxílio, porém, só é válido para quem trabalhava antes da pandemia e já tinha visto e PPS. Ninguém que chegar agora na Irlanda consegue aplicar para o auxílio. Novas aplicações também devem ser permitidas apenas até o fim de dezembro.
Arrumar emprego também não está assim tão fácil como era antes. Com muitas empresas trabalhando de forma restrita ou fechadas, novos cargos podem até aparecer, mas muita gente está buscando uma colocação no mercado.
Claro que existem casos de pessoas que chegaram em meio à pandemia e se deram bem, mas também existem brasileiros que relataram dificuldades em tirar documentos, trabalhar e reclamaram muito da qualidade das aulas online.
Por isso, a dica é pesquisar muito antes de voar para a Irlanda em busca do sonho do intercâmbio e não fique triste se precisar adiar.
A Irlanda, como dizem por qui, é uma mãe e estará sempre de braços abertos.
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