A cruz celta está intimamente ligada à história da Irlanda e é um dos símbolos herdados pelos irlandeses de culturas ancestrais.
Como o próprio nome diz, a referência do símbolo são os celtas, mas sua origem é uma mistura de história, lenda e tradição gaélica.
Viajando pela Irlanda -— e também por outros locais da Europa, principalmente o Reino Unido -— é possível ver o símbolo, principalmente em locais como cemitérios e igrejas, feitas de pedra ou madeira.
Hoje, assim como outros símbolos celtas, a cruz virou objeto popular, sendo usada como colar, brincos e outros tipos de acessórios.
Mas vamos entender melhor como essa cruz centenária se popularizou pelo mundo.
Ninguém conhece a verdadeira origem da cruz celta, mas o principal erro é associar a criação dela diretamente aos celtas. A probabilidade é que ela tenha sido introduzida por missionários cristãos no Reino Unido, principalmente na Escócia e no País de Gales, no século V depois de Cristo.
Historiadores sugerem que o símbolo foi uma forma de esses missionários introduzirem o cristianismo aos povos pagãos, mas sem deturpar por completo a cultura deles. Sendo assim, a cruz, um símbolo verdadeiramente cristão, contém elementos reverenciados pelos povos celtas, como árvores e o sol, geralmente esculpidos dentro do halo que fica no meio da cruz.
A mistura do símbolo cristão com elementos celtas facilitavam a conversão dos povos pagãos.
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Como dissemos, a cruz celta mistura o principal símbolo cristão, a cruz, com elementos celtas. A base do símbolo é a cruz tradicional com um anel em torno da haste e dos braços. Geralmente, elas são feitas de pedra ou madeira.
Os braços da cruz podem ou não se estenderem para fora do anel. Os entalhes geralmente têm símbolos celtas e desenhos geométricos, principalmente círculos.
Conforme o tempo foi passando, o conteúdo do anel começou a ganhar desenhos bíblicos.
De acordo com a lenda popular, a cruz celta foi introduzida por São Patrício quando ele estava convertendo os pagãos da Irlanda ao cristianismo. Mas, como tudo o que gira em torno do padroeiro da Irlanda, existe muito mito sobre a verdadeira história, e muitos creditam o santo por quase tudo o que se conhece de cristianismo na Irlanda.
Isso porque dizem que St. Declan foi quem que introduziu a cruz celta na Irlanda e não St. Patrick.
Como comentamos, o símbolo mistura o principal símbolo cristão com elementos celtas. Na lenda irlandesa, essa foi uma ideia de São Patrício, que misturou a cruz cristã com o sol pagão (simbolizado pelo círculo no meio da cruz) para dar aos seguidores recém-convertidos a ideia da importância da cruz.
Uma outra história diz que o significado do círculo, na verdade, representava a supremacia de Cristo sobre o sol, que era adorado pelos povos pagãos, como os celtas.
A Irlanda é repleta de locais considerados históricos. Muitos deles são ligados aos povos celtas ou cristãos de séculos atrás. Por isso, não é difícil encontrar uma cruz celta com centenas de anos presente em cemitérios e antigos monastérios.
As mais famosas e antigas podem ser vistas nos condados de Meath, Louth e Clonmacnoise: respectivamente, Cross of Kells, The Crosses at Monasterboice e The Cross of the Scriptures.
Na Irlanda do Norte, a Ardboe Auld Cross, em Tyrone, é a mais famosa.
Mas se você mora em Dublin ou vai visitar a capital da Irlanda, não é difícil encontrar uma cruz celta. Em Glendalough, Wicklow, cerca de uma hora de carro do centro de Dublin, é possível visitar um monastério que é repleto de cruzes celtas.
No Glasnevin Cemetery, cemitério localizado ao lado do Botanic Gardens, em Dublin, também é possível encontrar túmulos com o símbolo.
Este texto usou informações de sites como Gaelic Matters e Irish Central.
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