Você já ouviu falar da “depressão de inverno”? Na Irlanda, esse tipo de tristeza tem até nome. SAD! Mas não é “sad” de triste em inglês, mas a sigla SAD (“Seasonal Affective Disorder”).
Quem não se cuida pode virar mais uma vítima desse transtorno muito comum em países mais frios como a Irlanda. E está na hora de começar a se preparar para a estação.
A partir de outubro, quando o frio já começa a ficar intenso, quem mora na Irlanda e em outros países do hemisfério norte começa a sentir os efeitos do frio: preguiça maior de fazer as coisas, um desânimo insuportável ou aquele sono incontrolável.
Esses são sintomas naturais da “depressão de inverno”. Isso acontece pela ausência ou escassez da luz solar, que é hiper, mega, power importante para a nossa sobrevivência.
Vamos falar um pouco mais sobre esse assunto.
Acompanhe!
A luz solar é nossa maior fonte de vitamina D, responsável pela liberação dos hormônios de bem-estar.
O simples fato de acordar e vê-lo raiando lá fora já muda completamente o organismo e, como você sabe, na Irlanda e em muitas partes da Europa, essa visão paradisíaca está fadada, praticamente, a algumas dezenas de dias no ano (sendo bem otimista).
A tal da “depressão de inverno” pode acontecer justamente pela falta do sol! Sem ele, o organismo deixa de produzir a vitamina D e passa a produzir um outro hormônio chamado melatonina, e o resultado é sentido no corpo. Vai dando aquela preguiiiiiiça.
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Para se ter uma ideia, o dia mais longo do ano na Irlanda acontece em junho, no solstício de verão. O sol nasce às 4h56 e se pões às 21h57, totalizando 17 horas de iluminação natual, o que significa 9 horas e 30 minutos a mais do que o dia mais curto do ano, no solstício de inverno, em dezembro.
Mas, a partir de outubro, a luz solar começa a diminuir. O dia 21 de dezembro é o mais curto do ano: o sol nasce às 8h38 e se põe às 16h08, sendo 7 horas e 30 minutos de sol.
Diferente demais, não é? Muita gente acorda cedo para trabalhar, bem antes das 8h, e volta para casa depois das 16h. Ou seja, não vê um raio de sol. Dá para entender melhor a “depressão de inverno”, não é mesmo?
As coisas só vão melhorar lá para março, quando os dias começam a ter mais luz solar.
A primeira dica é: seja forte, saia da cama, circule, pois, para correr da “depressão de inverno”, você precisa ir em busca de qualquer resquício de luz solar — e mesmo que você não o veja por causa do tempo nublado, a luz do dia já dará uma amenizada na situação.
Para casos mais sérios, em que a SAD evolui para um quadro de depressão, existem tratamentos de exposição a uma luz que simula a iluminação solar, mas isso só mesmo com recomendação médica.
Leia também: Depressão? Onde procurar ajuda na Irlanda?
Segundo especialistas, durante o período mais frio e sem sol do ano, uma em cada 15 pessoas é afetada pela “depressão de inverno”.
Para as mulheres, uma dica especial: é preciso um esforcinho extra, pois, segundo pesquisas sobre o transtorno, as mulheres estão quatro vezes mais propensas a sofrer desse mal do que os homens, principalmente dos 18 aos 30 anos de idade.
Vamos listar mais algumas dicas para se prevenir e lutar contra a depressão de inverno.
Existem muitas instituições que auxiliam no tratamento de depressão e outras doenças na Irlanda. Se você ou algum amigo não se sente bem ou parece ter algum sintoma de depressão, ansiedade e outros, é preciso procurar ajuda.
O edublin listou oito instituições de ajuda psicológica na Irlanda, desde para auxiliar na “depressão de inverno” até para bipolaridade, aconselhamento para casais e outras crises e conflitos mentais.
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