Sabe aquelas coisas sobre o destino de intercâmbio que pouca gente comenta? Neste post, vamos desvendar alguns desafios que muitos intercambistas de primeira viagem enfrentarão, para que você possa se planejar antecipadamente.
O maior impacto para quem chega na Irlanda é a adaptação com o clima. São cerca de 275 dias de chuva no ano. Além dos ventos fortes, as baixas temperaturas no inverno variam de 4ºC a 8ºC e no verão de 15ºC a 20ºC. Outro fato que causa estranheza pra muita gente é que, no inverno, o dia é muito curto (amanhece por volta das 9h e anoitece cerca de 16h). No verão, é o contrário, com os dias muito longos (5h já está claro e só às 23h o sol se põe).
Vamos combinar: o sotaque irlandês não é nada fácil de entender, principalmente para quem chega com inglês básico. Se você fez um cursinho no Brasil e acha que entende tudo, tire o cavalinho da chuva, pois aqui a curva é mais embaixo. Leva um tempo até você se acostumar com o jeito de falar dos irlandeses e para aprender as gírias locais.
Não se acanhe, pois você só aprenderá na prática mesmo. Deixe a vergonha de lado e aproveite todas as oportunidades para puxar papo com os nativos. Outro fator que muitas vezes esquecemos é que, no Brasil, a maioria das escolas concentra-se no inglês americano, o que também pesa na chegada, já que, apesar de ser a mesma língua, existem diferenças em relação ao inglês britânico.
A maioria dos intercambistas que desembarca na Ilha Esmeralda vem com uma reserva para ficar as primeiras semanas em uma acomodação estudantil ou casa de família irlandesa. No caso das casas de família, é preciso atenção, pois, ao chegar, você pode descobrir que nem tudo é tão lindo assim. Você pode desembarcar, por exemplo, na casa de uma família na qual a mãe chamará sua atenção até se você pegar uma banana na cozinha sem autorização ou, então, que após o banho, o pai estará esperando você trocar de roupa com o rodo na mão, para que você enxugue o banheiro.
Esses são exemplos reais, que podem acontecer. Faz parte da convivência, mas nem sempre a tão sonhada acomodação familiar vai garantir aquele welcome tão esperado, e muitas famílias apenas aceitam estudantes estrangeiros nesse período por conta do dindim.
No caso da acomodação estudantil, reserve, pelo menos, 2 ou 3 semanas para ter um período maior durante a procura por um lugar fixo. A concorrência é grande, e muita gente precisa de tempo até conseguir encontrar seu lar.
Se você já trabalha no Brasil, saiba que dificilmente chegará à Irlanda atuando na sua área de formação. De início, o seu diploma de curso superior não valerá aqui, a menos que você tenha muita sorte. O mais importante é perceber que morar fora exige superar etapas, e a primeira delas é conseguir a fluência no inglês.
Então, tenha em mente que, não importa o trabalho que você consiga no início, seja de faxineira, lavador de copos ou garçom, essa será só uma fase — de muito aprendizado, aliás! E mesmo para esses empregos, não dê bandeira. Nada cai do céu, e é preciso bater muita perna, distribuir currículos e criar um networking forte, pois, no final das contas, mais vale uma indicação que vários currículos entregues.
Os hábitos alimentares irlandeses e brasileiros são muito diferentes. No café da manhã, aqui, nada de pão com manteiga, bolo e café. O forte é o tradiciomal Irish Breakfast, que leva salsicha, morcela, bacon, ovo, batata, cogumelo, feijão com molho de tomate e torrada. Tudo bem que nem mesmo os irlandeses encaram esse café reforçado todos os dias, mas vale ficar ciente de que aqui é diferente.
No almoço, como todo mundo estará fora de casa, o comum é fazer só um lanche. E no jantar, que no Brasil costumamos comer algo mais leve, é quando acontece a grande refeição deles, com toda família à mesa. Também esqueça a dobradinha feijão com arroz. Aqui o que pega é a batata — que aparece nas mais diversas formas. Ela é alimento básico da dieta irlandesa.
Mas, quer saber? Essas diferenças e alguns outros choques que surgem nos primeiros meses no novo país acabam entrando na rotina do estudante, e essa imersão também faz parte de todo o processo. O ideal é pesquisar muito durante a preparação do intercâmbio para chegar um pouco mais preparado para as adversidades, pois, ao colocar os pés fora do Brasil, tudo é novo, e você terá que se virar sozinho.
E aí, gostou das nossas dicas? Conte pra gente quais os apertos que você passou quando chegou aqui. E se você está planejando seu intercâmbio e tem alguma dúvida, deixe nos comentários que tentaremos ajudar todos!
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