Quando decidimos fazer um intercâmbio, na maioria das vezes, o que acontece? Você pesquisa meses antes de fechar, gasta com passagens, seguro saúde e demais preparativos. Em muitos casos, pede demissão de um emprego estável (mesmo que não satisfatório), se despede da família e amigos para, finalmente, aterrissar em outro país, normalmente com o objetivo de estudar inglês.
Pois bem, você chega em terra estranha, com cultura e língua bem diferentes do que está acostumado e começam as aulas. Mas como o período de lua de mel não dura para sempre, é muito comum algumas pessoas se sentirem desestimulados, e alguns até param de comparecer nas aulas.
Aí vem a pergunta: o que faz você desistir do curso? Já no primeiro mês você verá que muitos dos seus colegas desistiram ou já começaram a avaliar a possibilidade. Mas qual o motivo? Aí é que está: existem vários.
Conversando com alguns estudantes de Dublin, listamos os mais recorrentes. Dê uma olhada!
Muitos acabam por depositar uma esperança exagerada no curso de inglês feito no exterior, achando que será 100% melhor que o curso no Brasil. Chegam aqui e, dependendo da escola, se deparam com cursos bem parecidos ou até inferiores em relação à metodologia de ensino brasileira. Resultado? Ficam desanimados e desistem de ir às aulas.
Outra explicação é a conquista do emprego full-time. A maravilha de ganhar em euro e falar em inglês quase o tempo todo. Quando isso acontece, o aluno se vê na situação de recusar a oportunidade por conta do tempo que precisa estar na sala de aula, pois estudante só pode trabalhar part-time, ou de desistir de comparecer às aulas e optar por se jogar no trabalho.
Não tem jeito! O intercâmbio é, sim, bem diferente do que aquilo que é mostrado no Facebook e do que as pessoas que estão no Brasil imaginam. É verdade que, além do inglês, conhecemos pessoas e lugares incríveis e ganhamos uma experiência de vida única, mas tudo isso tem um custo que só quem viveu ou está vivendo sabe. Para alguns intercambistas esse custo parece ser tão alto que eles passam a considerar a possibilidade de desistir.
Quando o intercâmbio na Ilha ocorre no período de inverno, torna-se comum ouvirmos que “estava muito frio para sair da cama” quando perguntamos a razão de o colega estar faltando muito às aulas.
“O professor não gosta de mim” e “Fui colocado no nível errado” são frases muito recorrentes nos corredores das escolas ou em pubs, quando sentamos com os colegas para tomar aquela pint no final da aula.
Independentemente do motivo, a desistência do que quer seja em nossas vidas também tem um preço. No caso da desistência das aulas, isso também acontece e precisamos estar cientes disso. É como sempre frisamos aqui no E-Dublin: não adianta você aterrissar em outro país sem um objetivo ou foco e achar que sua vida se resolverá de um dia para o outro. Muitas vezes, e me incluo nisso, esquecemos que a direção da nossa vida depende muito mais da gente do que da ação do próximo.
Todas as decisões que tomamos exigem sacrifícios e o intercâmbio não fica fora disso. Assim como decidir vir para a Irlanda estudar inglês exigiu muito de você, o ato de desistir do curso também terá seu preço. Seja a falta de entendimento gramatical, não ter seu certificado ou a possibilidade de lidar com pessoas de outras partes do mundo.
Por isso, é preciso pensar muito bem antes de desistir de algo no intercâmbio, pois aqui tudo é muito mais intenso. Se você está ciente do preço que isso pode custar e mesmo assim está tranquilo, ok! Somos adultos. Mas se você está desistindo por desistir, sem entender, de fato, o quanto isso pode te afetar no presente e no futuro, pense bem.
Se está insatisfeito com as aulas, procure conversar com o coordenador da escola ou mesmo com a agência para buscar uma solução antes de desistir. Afinal, desistir não faz com que todo aquele sacrifício pelo objetivo de aprender inglês se perca?
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