Você pode nunca ter viajado pela Europa, mas mesmo assim ter a própria ideia de como são as ruas, o estilo de vida e o comportamento das pessoas, baseado no que é visto em filmes, noticiários, etc. Resolvemos, então, selecionar 10 tópicos que podem não funcionar da maneira como imaginamos antes de se aventurar pelo Velho Continente.
Antes de viajar escutamos que em alguns lugares da Europa, onde o inglês não é a língua nativa, muitas vezes a população não gosta de falar o idioma com estrangeiros. Embora alguns casos sejam verídicos, realmente encontramos muitas pessoas que simplesmente não falam inglês por não terem aprendido a língua de fato. Você vai se deparar com essa situação principalmente se viajar para cidades do interior.
Não é bem assim. Muitos sistemas não funcionam como deveriam. Exemplo disso é a saúde que, em alguns países, ainda deixa muito a desejar com filas de espera, hospitais cheios, etc. O serviço bancário na Irlanda, por exemplo, ainda está longe da agilidade oferecida no Brasil.
Nem todos os europeus fogem do banho. Você vai encontrar muito gringo com hábitos de higiene que deixam muitos brasileiros para trás. E não estamos falando de qualquer tentativa de camuflagem com perfume! Muitos tomam até dois banhos por dia no inverno rigoroso, com temperaturas negativas. Entretanto, é verdade que parte ainda não é tão adepta ao banho diário. Escutamos muitos relatos de brasileiras que trabalham como Au Pair que começaram, aos poucos, a introduzir a hora do banho na rotina das crianças.
Não espere o abraço e a espontaneidade do povo brasileiro de um europeu, mas também não pense que eles são seres sem sentimentos e alheios a qualquer demonstração de afeto. A forma de demonstrar carinho muda com a cultura, o que não significa que deixa de existir. Alguns são mais contidos nos primeiros contatos, sem aquele toque que faz parecer que são conhecidos de longa data.
Não é assim. Eles também precisam economizar, eleger prioridades e controlar gastos. Depois da crise, a vida de muitas famílias europeias sofreu mudanças drásticas. A ajuda dada pelo governo de alguns países pode segurar o patamar básico para o sustento em situações inesperadas, como a de quem perde o trabalho. A França, por exemplo, ajuda com cerca de 1000 euros por determinado tempo. Sem contar os benefícios financeiros que são oferecidos enquanto as crianças estudam. Entretanto, isso nem de longe significa que os europeus podem ser considerados ricos.
Infelizmente isso não se aplica a todas as cidades. Ao mesmo passo em que existem muitos locais realmente bem cuidados, outros são extremamente sujos. Em Dublin, por exemplo, se você for a bairros mais distantes do centro poderá encontrar mais organização. No entanto, muitos pontos deixam a desejar nesse quesito – a começar pelo transporte público onde muitas vezes encontramos lixo deixado nos bancos. A capital tem serviço de limpeza que pode ser visto constantemente nas ruas, mas parece que parte da população ainda não está consciente em relação a isso e isso inclui os turistas.
Outra questão difícil de ser compreendida pelos brasileiros é o fato de nem todos os europeus terem o hábito de viajar. Os brasileiros têm sede de desbravar cada destino (alguns dos quais tem passagens muito baratas, especialmente se compararmos com os valores para viajar dentro do nosso país). Mas por aqui você vai encontrar europeu que não conhece Paris e nunca foi a Londres.
Preconceito existe em qualquer lugar do mundo, infelizmente! Falar sobre isso é complicado quando avaliamos situações isoladas. Até hoje encontramos pessoas que não pretendem visitar a Alemanha por uma ideia pré-concebida de que será destratado lá, mas ainda bem que existe uma corrente que aposta na ideia de experimentar para ver e está aí para contar aos outros que as coisas não são bem assim. A Europa tem alguns problemas sociais que o Brasil não enfrenta da mesma maneira ou com a mesma frequência. Tudo muito é próximo geograficamente, mas muitas vezes são muito distantes no que diz respeito às crenças. É preciso lidar com isso o tempo todo. Durante o intercâmbio podemos ter uma ideia melhor das diferenças entre preconceito e choque cultural.
Ter o celular de volta depois de perdê-lo sem precisar desembolsar alguma recompensa traz aquele sentimento de esperança na humanidade. Coisas como essa acontecem muito por aqui, mas não é regra sem exceção. Fique de olho, pois na Europa também existe patrão que não paga o combinado, que vai tentar explorar o seu trabalho, grupos que tentam golpes pela internet com propostas maravilhosas de emprego, pessoas que vão roubar seu casaco na balada, o seu cartão do banco, etc.
Você vai ver que muita coisa por aqui é mais acessível com relação ao Brasil, principalmente se conseguir um emprego antes da sua reserva de dinheiro chegar ao fim, mas aprenderá que isso é bem diferente do que ficar rico. Melhor colocar os pés no chão para basear o seu intercâmbio mais na vontade de ganhar experiência do que dinheiro.
E você, já se surpreendeu com alguma mentira contada sobre a Europa?
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