Pessoal, o Adriano que em outros dias esteve aqui enviando uma bela mensagem de Natal, agora vem contar uma história não muito feliz, mas que é importante para que todos tomem cuidado e saibam como correr atrás quando algo assim acontecer! Todos rezamos para que nunca aconteça, mas como dizia Forest Gump: “Shit Happens”.
Já faz um tempo que estou para escrever este artigo, mas preferi segurar para tentar finalizar com uma ótima notícia, mas como ela ainda não chegou melhor compartilhar um pouco da minha experiência com os leitores deste site.
Há pouco mais de 1 mês, sofri um acidente dentro do ambiente de trabalho. Trabalhava como car washer (lavador de carros), estava no meu primeiro dia de emprego naquela filial, sem registro e cometi a estupidez de fechar a porta do carro no meu dedo enquanto estava terminando de fazer uma lavagem. Até aí tudo bem, se uma parte do meu dedo não fosse mutilada no mesmo momento.
Com o desespero tomando conta de mim, procurei logo a ajuda dos meus chefes, que para minha surpresa foi em vão, pois eles apenas enrolaram uma toalha no meu dedo e pediram para procurar um hospital.
Resumindo: Fiquei sem a parte do meu dedo, sem trabalhar por mais de 1 mês e perdi o emprego.
Resolvi então procurar meus direitos, pois se até o Lula conseguiu algo, por que eu não conseguiria?Infelizmente as leis são diferentes, mas mesmo assim descobri bastante coisa que podem ajudar os brasileiros aqui.
A primeira coisa que fiz foi me informar sobre meus direitos com a Citizen Information (Serviço à população e ao estrangeiro) – http://www.citizensinformation.ie/categories. Após explicar meu caso, eles informaram todos os procedimentos que deveria fazer para receber uma assistência do governo, enquanto estivesse inválido para trabalhar. Para isso foi necessário que eu pegasse um formulário Form Injury Benefit com meu médico. O médico assina este formulário e você precisa colher a assinatura do empregador para depois levar no Social Welfare Services Department of Social and Family Affairs (espécie de ministério do trabalho).
No meu caso o empregador não queria assinar, porque era meu primeiro dia e foi meu erro, pois eles que iriam “teoricamente” pagar a minha pensão. O governo que paga, mas depois ele cobra da empresa.
Após essa jornada, que demorou duas semanas, finalmente dei entrada no Social Welfare da minha região. Lá fui informado de que meu caso seria muito demorado, pois nunca paguei taxas e ainda estava sem registro. Até agora aguardo a posição deles. Não sei ainda se vou ganhar ou não o caso, mas o importante é que consegui ir atrás dos meus direitos e percebi que aqui a gente pode fazer muita coisa.
Esta história foi apenas uma parte da longa jornada que tive desde que perdi um pedaço do meu dedo. Se vocês gostaram desta história e quiserem saber sobre outros órgãos que virei expert, como Reclamação de condições de trabalho; processo indenizatório (advogado do governo e advogado particular), mandem seus comentários.
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