Você já parou pra pensar quem são os DJs que tocam na maioria da festas brasileiras aqui em Dublin? Aliás, muitos deles, na real, tocam em várias festas com público irlandês também. A nossa colunista de música eletrônica, Julia Moreno, que também compartilha muita coisa bacana no Vibez, bateu um papo com 5 DJs brasileiros que já fazem parte do cenário musical irlandês: Marc V, Dellucht, Rocco, Kalish e Reverbate.
Hoje, quem conta um pouco dessa trajetória é o DJ Reverbate.
Primeiramente gostaríamos de agradecer a Julia Moreno pelo convite e também falar que lançamos essa semana uma track pela BOOST Weapons, uma série feita pela revista inglesa especializada em música eletrônica underground Data Transmission.
A track é FREE DOWNLOAD e temos o prazer de oferecê-la para os leitores do E-Dublin em primeira mão. Antes de baixá-la você pode dar o Play para escutá-la enquanto lê a matéria
Quando você começou a tocar e o que lhe inspirou pra que você escolhesse essa carreira?
O projeto teve início há 1 ano e meio em Dublin, quando ambos, Petrus e Douglas, foram apresentados por Grazi Largura (Ella Whatt/Drunky Daniels), e pela semelhança nos gostos musicais foi um processo natural que começássemos a produzir e tocar juntos. O que nos levou a escolher essa carreira foi primeiramente o amor pela música, pela cena e tudo que isso envolve. A resposta do público ao vivo, o gosto pela produção musical e as amizades que fazemos ao longo do caminho são alguns dos aspectos que nos fazem querer mais e mais estarmos envolvidos com a música.
Qual estilo você toca e quem são os DJs em quem você mais se inspira? Conte-nos um pouco do seu processo criativo na montagem do seu set.
Acreditamos que quem se define se limita. Então, diríamos que tocamos do House ao Techno, dependendo do que a nossa leitura de pista estiver nos dizendo. Muitas vezes, passeamos entre os estilos em um único set. Sets esses nos quais sempre tentamos dar prioridade pra linha de som que se encaixa com a nossa linha de produção musical, buscando sempre por tracks “lado b” que não sejam conhecidas do público e que continuem levando a galera ao delírio. Muitas das tracks presentes nos nossos sets são produções de amigos em quem acreditamos. O que mais nos inspira é acompanhar artistas como Fancy Inc, Drunky Daniels, Blissari, Artdate, Extasie e ver que consistência, dedicação e trabalho sério podem fazer você evoluir, independentemente do nível que esteja.
Há quanto tempo você mora na Irlanda e por que escolheu aqui? Você acha que a Irlanda apresenta uma cena forte para música eletrônica? Por quê?
O Petrus mora em Brighton/UK há 1 ano, mas morou por 4 anos em Dublin antes disso, e ambos escolhemos Dublin pelos mesmos motivos de ser uma cidade europeia com bastante movimento, por a cena eletrônica já ser algo inerente à cultura local e por muitos artistas internacionais que eram referência pra nós terem vindo da Ilha da Esmeralda.
Hoje você é DJ em tempo integral ou também conta com outros trabalhos? Como faz para conciliar essa jornada dupla?
Ambos temos um trabalho não relacionado à música, mas levamos a nossa carreira como um segundo trabalho em quase tempo integral, fazendo cursos de produção, trabalhando nosso marketing, pesquisando músicas, networking, criando estratégias, etc… Conciliar a jornada dupla é bem difícil, mas toda paixão exige sacrifícios, e o nosso tempo de lazer foi do que decidimos abrir mão pra investir em um futuro na música e, em breve, vivermos somente disso.
Quais são as suas baladas/clubes favoritos aqui na Irlanda? Existe algum dj irlandês que chame a sua atenção?
Sem dúvidas, o District8 é o club mais conceituado da Irlanda, e tivemos o imenso prazer de nos apresentar duas vezes antes de Amine Edge and Dance e Gui Boratto. Tocar no Index foi outra experiência incrível, onde tivemos a oportunidade de fazer o warm up para Victor Ruiz e The Wright Venue. Era outra casa muito bem estruturada, onde demos suporte para Illusionize. A Irlanda é conhecida por ser a “categoria de base” da música eletrônica, revelando grandes artistas pro mundo como Rebuke, Matador, Brame & Hamo, Annie Mac, Mano Le Tough e tantos outros.
Existe alguma dica que você possa dar pra galera que ainda está começando a tocar, ou pra quem é DJ e ainda está no Brasil com planos de vir pra Irlanda?
Seja sólido! O mercado está competitivo e mudou muito, exigindo cada vez mais que os DJs se tornem artistas e tenham as suas próprias produções, tanto pelo fator da autenticidade quanto por ter outros artistas divulgando organicamente, tocando em seus DJ sets. Muito importante também é cuidar do seu marketing. Entender que você é um produto é fundamental, mas nunca deixando de lado a sua personalidade e o que você acredita.
Procure conhecimento! A internet está repleta de videoaulas que podem dar um fundamento ótimo inicial, mas o excesso delas podem confundir e, pra isso, podem nos chamar no Instagram, que ficaremos muito felizes em ajudar quem tiver alguma dúvida.
Se o pessoal quiser te achar online, quais os seus canais?
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