Em tempos de uma crise político-econômica como a que o Brasil vem enfrentando nos últimos tempos, muitos brasileiros, em sua maioria os mais jovens, começam a pensar na possibilidade de uma temporada no exterior também como um meio de conciliar estudos, trabalho e, quem sabe, para juntar uma graninha em euro.
Se o seu objetivo é estudar, trabalhar e ter a experiência de viver em países com maior qualidade de vida, welcome! Mas, se você tem aquela visão romantizada de vivenciar tudo isso e ainda juntar uma bolada para levar no caminho de volta ao Brasil, aí a história muda!
A resposta é não! Pelo menos não na Irlanda. A Ilha Esmeralda é um país muito acolhedor, que nos dá a possibilidade de permanecer como estudantes por um período predeterminado e até renovar o visto. No entanto, o alto custo de vida, aliado à limitação das horas permitidas de trabalho (20h semanais) para quem tem visto de estudante, são os principais entraves que inviabilizam a ideia de fazer uma reserva financeira.
Com o valor referente à renda de entre 600-800 euros por mês, é possível pagar o aluguel, alimentar-se muito bem e até aproveitar os voos baratos para conhecer outros países da Europa, se você for econômico.
Uma das principais frustrações relatadas pelos estudantes é justamente a dificuldade de juntar o dinheiro necessário a cada oito meses para renovar o visto. É como se você estivesse chegando de novo, pois é preciso pagar as despesas da imigração, pagar um novo curso de seis meses na escola, entre outros gastos.
Bom, como já temos muitos textos relatando o custo de vista em Dublin, hoje nosso exemplo será a cidade de Galway. Reza a lenda que viver no interior é mais barato. Será?
No geral, um estudante de inglês gasta, em média, 600 euros mensais com as despesas básicas, incluindo aluguel de 350 euros, transporte público – embora muitos optem pela caminhada ou pela bicicleta – e alimentação. Mas, como disse, essas são as despesas básicas.
Não estou aqui contando com as roupas, capas de chuva, as pints, as idas ao cinema, entre outros gastos, que variam muito do estilo de vida de cada pessoa. Sem falar nos imprevistos, que sempre podem ocorrer.
Mas aí você deve estar se perguntando: Na Irlanda eu também vou trabalhar só para sobreviver? Para ser bem honesta, na maioria dos casos a resposta é sim! Isso tendo em consideração que você está aqui como estudante de inglês, com visto Stamp 2 e trabalhando apenas 20h por semana, como manda a lei. Já para quem possui outros vistos que permitem trabalho em período integral, a realidade é bem mais confortável.
No entanto, a boa notícia é que temos direito de trabalhar 40h por semana em alguns períodos do ano, ou seja, full-time. É dessa forma que a maioria dos intercambistas consegue o valor necessário para renovar e para o famoso mochilão pela Europa.
No final das contas, temos que ponderar muito para saber onde investir o dinheiro e ter a consciência de que o tempo na Irlanda é sim fantástico para melhorar o idioma, envolver-se com outra cultura, buscar outras possibilidades além do intercâmbio, etc. Mas, aquele formato do passado, onde muitos saíam do Brasil com o objetivo de juntar um bom dinheiro e investir no Brasil, ficou para trás há algum tempo.
Imagens via Dreamstime
Encontrou algum erro ou quer nos comunicar uma informação?
Envie uma mensagem para jornalismo@edublin.com.br
Agendou as suas tão esperadas férias para novembro e não vê a hora de escolher…
As plataformas de investimento online nada mais são do que um recurso por meio do…
Você já ouviu falar do movimento Movember? Quem convive com irlandeses ou cidadãos da Austrália…
Uma pesquisa recente do LinkedIn, divulgada pela BBC Brasil, revelou os destinos mais procurados por…
O primeiro-ministro irlandês (Taoiseach) Simon Harris anunciou, no último domingo, a criação de uma força-tarefa…
O IRP é a sigla para "Irish Residence Permit", que em português significa "Permissão de…