As eleições presidenciais nos Estados Unidos da América estão a todo vapor. Os jornais divulgam o resultado voto a voto para saber quem ganhará o pleito, o democrata Joe Biden ou o republicano Donald Trump. A Irlanda, mesmo um pouco distante dos EUA, também vê atenta o resultado político do país que é casa para milhões de irlandeses.
Entenda a relação entre Irlanda-Estados Unidos e como a decisão do presidente eleito pode mudar a economia do país.
Com a pandemia da Covid-19, a importação e exportação de medicamentos tem sido assunto frequente entre políticos do mundo todo. No caso de Donald Trump, as últimas semanas de campanha foram primordiais para dizer que os EUA dependem de outros países para conseguir medicamentos, atacando principalmente a China. Mas a Irlanda também não ficou de fora.
Em artigo publicado no jornal Irish Times, a jornalista Suzanne Lynch, correspondente em Washington, afirmou que os EUA importaram 36 bilhões de dólares em equipamentos, produtos e suprimentos farmacêuticos e médicos da Irlanda em 2019. O valor comprado da China foi menor, de 21 bilhões de dólares.
Por isso mesmo, Trump tem colocado a ilha em seus discursos:
“Estamos trazendo toda a cadeia de suprimentos de volta. Não é só a China, você dá uma olhada na Irlanda. Eles fazem nossas drogas. Todo mundo faz nossas drogas, exceto nós”.
Para se ter uma ideia, a Pfizer tem uma fábrica de medicamentos na Irlanda e já previu a produção de vacina contra o coronavírus ainda neste ano. Bristol-Myers Squibb e Merck são outras fábricas de medicamentos com sede na Irlanda.
O artigo do Irish Times ressalta ainda que Trump tentou levar empresas de volta para os EUA em 2017, aliviando corte de impostos corporativos, mas não deu muito resultado. Mas sua promessa é fazer mais reformas tributárias e reduzir o imposto de 21,5% para 10,5% para empresas que concordarem se mudar para o país.
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Os irlandeses podem ter um motivo a mais para celebrar a vitória de Biden, se ele ganhar a eleição nos EUA.
Segundo a Breaking News.ie, ele seria um genuíno presidente irlandês-americano desde John F. Kennedy. Sua família é de Ballina, cidade no condado de Mayo, no oeste da Irlanda, local que o candidato já visitou em 2016 e 2017.
Seu tataravô Patrick Blewitt se mudou para a Pensilvânia, nos EUA, após a Grande Fome atingir a Irlanda, matando mais de um milhão de pessoas e promovendo uma gigante emigração para a América.
O candidato ainda tem outra parte da família na Irlanda, a de Owen Finnegan, que trocou Louth por Nova York. A família Blewitt e Finnegan acabaram se unindo em 1909 por meio de um casamento e a árvore genealógica foi parar em Biden.
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Biden evidenciou suas raízes durante a campanha como forma de cortejar o voto dos irlandeses-americanos. Ele também citou durante várias entrevistas questões como o Brexit e a manutenção da paz na Irlanda do Norte.
Em uma de suas falas, por exemplo, Biden deixou claro que “garantirá que não haverá nenhum acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido se a implementação do Brexit colocar em risco o Acordo da Sexta-feira Santa”.
Ele também se comprometeu a regulamentar irlandeses nos EUA. Estudiosos políticos dizem que Biden é um candidato pró-Europa, com maiores relações transatlânticas do que Trump, e que a Irlanda sentiria ter mais amigos na Casa Branca com a vitória de Biden.
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