“A maior voz do Brasil”. É assim que Gal Costa é anunciada nos quatro cantos do mundo desde quando se tornou uma das grandes divas brasileiras nos anos 1970. A mistura entre o vozeirão afinadíssimo, a interpretação, a atitude nos palcos, além dos cabelos e a boca, marcas expressivas da artista, transformam Gal em uma figura única no universo da Música Popular Brasileira. Em entrevista exclusiva ao E-Dublin, Gal Costa fala sobre turnê pela Europa, viver no exterior, além do show Pele do Futuro que apresenta em Dublin, capital da Irlanda, no dia 2 de abril, às 20h30, no Vicar Street. Os ingressos já estão à venda.
Em mais de 50 anos de carreira, Gal Costa já está mais que acostumada com os palcos. Mesmo assim, ela afirma que cada show fora do Brasil tem um enorme significado. Em Dublin não será diferente, onde faz sua estreia na Irlanda. Na plateia, Gal certamente se verá cercada de jovens intercambistas que vêm para a capital irlandesa aprender inglês e aproveitam os shows de artistas brasileiros para matar a saudade de casa.
Gal diz que seu público tem uma faixa etária cada vez mais nova. “Desde o álbum Recanto (2011) eu tenho percebido um público novo e mais jovem nos meus shows. O meu espírito não acompanha a minha idade cronológica, minha alma é jovem, e acho que eles entendem isso.”
“Música é para levar energia positiva para as pessoas, para o inconsciente coletivo”
E ela também entende muito bem esse sentimento de viver em um país estrangeiro. “Já morei em Nova York e adorei. Foi muito bom”, afirmou. A cantora disse sempre ter sido atraída por viagens. “Conheci o mundo todo viajando a trabalho. Quando minha mãe era viva, ela sempre ia comigo. Era muito bom. Hoje em dia eu acabo passeando um pouco menos porque me resguardo para os shows, ainda mais se a agenda está corrida”, disse.
O show que será apresentado por Gal em Dublin segue a turnê do álbum A Pele do Futuro, mais recente projeto da cantora, lançado em 2018. “O repertório do show mistura canções do álbum com alguns sucessos da minha carreira, com novos arranjos. Esse disco tem uma sonoridade que eu sempre quis fazer que é a disco music, com uma estética dos anos 70”, diz ela.
Entre as novas composições estão Palavras no Corpo (Silva/Omar Salomão) e Sublime (Dani Black), além de músicas assinadas por ícones como Gilberto Gil, Djavan, Adriana Calcanhotto, Nando Reis e Jorge Mautner. Até Marília Mendonça, estrela do chamado “feminejo”, cedeu uma música para o disco, Cuidando de Longe. “O álbum foi feito para ser um frescor para o momento como esse, não só no Brasil, mas no mundo. Música é para levar energia positiva para as pessoas, para o inconsciente coletivo.”
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Gal considera importante sempre escolher compositores da nova geração para seus discos. “Eles bebem na minha fonte, assim como eu me influenciei por outros artistas. Em todo disco que você lança, você presta um serviço à cultura.”
De composições mais antigas, Gal faz uma versão para London London, canção em inglês de Caetano Veloso. Na lista de clássicos que deixaram uma marca no Brasil na voz de Gal também estão Mamãe Coragem, Vaca Profana, Que Pena, Balancê e Festa no Interior. “Vamos nos divertir e matar saudades do Brasil juntos!”, convida Gal. E quem recusa a um convite desses, não é mesmo?
Show A Pele do Futuro, com Gal Costa
Dia 2 de abril, 20h30
Local: Vicar Street (58-59 Thomas Street, Dublin 8)
Ingressos: a partir de 30 euros (clique aqui para comprar)
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