Brasileiros são bons no samba, só pensam em futebol, são sensuais e sempre dão um jeitinho em tudo? Esses e muitos outros são estereótipos do nosso povo emitidos não só pelos estrangeiros, mas também por muitos de nós. Aliás, pouco tempo atrás, um artigo do francês Olivier Teboul sobre sua visão diante de alguns costumes brasileiros, como a fila, sistemas de pagamento, entre outros, viralizou nas redes sociais e gerou milhares de comentários positivos e negativos, inclusive entre a comunidade de brasileiros no exterior.
Acusado de preconceituoso por alguns e de causar risadas em outros, tanto brasileiros como gringos, Olivier deu entrevistas, respondeu comentários e, por diversas vezes, chegou a desculpar-se, já que a intenção, segundo ele, não foi criticar ou gerar tanta polêmica.
Entre os principais estereótipos comentados sobre os brasileiros, muitos têm a ver com a sensualidade. Desde os primeiros relatos dos portugueses para a Coroa Portuguesa, como na própria carta de Pero Vaz de Caminha, o ponto principal sobre o povo brasileiro, ou seja, os indígenas, era a nudez. “Eles andam nus”, foi a frase das principais correspondências documentadas séculos atrás.
Essa sensualidade muitas vezes é vista com maus olhos, sobretudo na questão feminina, onde as variações tem a ver com ‘mulher fácil’ ou vulgar, gerando enorme preconceito.
A alegria do povo brasileiro – música, carnaval, dança, praia, verão – sempre disse muito sobre o nosso povo, revelando um certo otimismo diante das mais negativas situações. Visto por uns como um ‘excesso de relaxamento’ – ou ‘falta de comprometimento’ – para alguns favorece uma certa fama de preguiçosos, por exemplo. Já por outros, esse aspecto é enaltecido como um estereótipo a ser copiado.
Outro ponto visto com pessimismo, em geral, é o ‘jeitinho brasileiro’. Historicamente, de acordo com diversos autores, a forma como o brasileiro se comporta na resolução de certos problemas, simplificando soluções ou até burlando as regras, fortalece uma imagem negativa.
Por outro lado, a nossa criatividade e adaptabilidade são muito valorizadas, sobretudo nos ambientes corporativos livres de preconceitos, que reconhecem o poder da mão de obra do brasileiro.
Se você está na Irlanda e já se deparou com alguns desses estereótipos, saiba que no próximo sábado, 2/12, nossa gerente de conteúdo, Ávany França, que também é psicóloga intercultural e já visitou quase 80 países analisando diferentes culturas pelo mundo, em parceria com a Casa Brasil Irlanda, apresenta o workshop e exposição fotográfica, ‘Stop Labelling my Culture. I am not a Stereotype’.
O evento tem como objetivo explorar como esses estereótipos surgem nas relações interculturais, além de desvendar algumas estratégias para contorná-los durante a sua experiência em outro país. Para compor a exposição, Ávany entrevistou e fotografou brasileiros, irlandeses e estrangeiros por cerca de 12 meses, para perceber quais são os principais estereótipos que vivenciamos pela Ilha.
Para participar do evento acesse: ‘Stop Labelling my Culture. I am not a Stereotype’.
Imagens via Dreamstime
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