Estudantes não europeus poderão estudar e trabalhar em Malta
7 anos atrás
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Com o objetivo de tornar Malta um país mais atrativo para estudantes de fora da União Europeia, o Ministério da Educação maltês anunciou recentemente algumas mudanças no visto de estudante. Entre as medidas, a que mais chama a atenção intercambistas é a autorização para trabalhar por meio período durante a temporada de estudos no país.
As regras específicas, porém, ainda não foram divulgadas e devem ser definidas nas próximas semanas.
O governo maltês separa os estudantes em duas categorias: os que pretendem realizar um curso superior que faça parte do Malta Qualifications Framework Level 5, e estudantes de cursos que não tenham nível superior, como os de inglês, por exemplo. Vale destacar que as novas regras se aplicam a ambos os grupos.
O que muda?
No caso de estudantes de países onde Malta não possui consulado, será possível aplicar para o visto online, excluindo a necessidade de se apresentar pessoalmente no consulado Maltês mais próximo.
Os estudantes também poderão aplicar para o visto com a ajuda de prestadores de serviços externos, desde que sejam residentes em países onde Malta não possui representação consular. Vale destacar que esta regra não se aplica a nós, brasileiros, já que Malta possui um consulado na cidade de São Paulo.
Outra mudança é que anteriormente, estudantes de cursos de inglês recebiam uma autorização de residência. Com as novas regras, eles receberão um visto nacional. Entretanto, aqueles que permanecerem no país por um período superior a 1 ano terão que aplicar para o visto de residência.
Mesmo com as mudanças das regras, o objetivo do governo maltês é garantir que apenas estudantes legítimos sejam autorizados a embarcar para o país. Para isso, o Ministério da Educação e a polícia local manterão uma base de dados de todos os estudantes e instituições de ensino.
Trabalho
Essa é a notícia que muitos brasileiros interessados em fazer intercâmbio em Malta queriam ouvir. Com as novas regras, os estudantes estarão autorizados a trabalhar até 20 horas por semana. Antes dessa medida, apenas estudantes com passaporte europeu podiam trabalhar no país enquanto realizavam seus estudos.
As regras específicas sobre trabalho devem ser divulgadas em breve, juntamente com as definições das mudanças nos tipos de visto de estudante.
De acordo com a Federação das Escolas de Inglês de Malta (Feltom), a mudança é uma resposta do governo à dramática queda no número de semanas que estudantes internacionais têm ficado no país nos últimos anos.
Outra boa notícia é que estudantes que concluírem cursos de graduação reconhecidos pelo governo de Malta poderão estender a sua estadia no país por mais seis meses. Segundo o ministério da educação, a iniciativa é um passo para manter no país pessoas de fora da União Europeia que sejam altamente qualificadas e, consequentemente, garantir a competitividade de Malta no mercado europeu.
Imagens via Dreamstime
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