Num primeiro momento, a Finlândia pode parecer para nós, brasileiros, um país frio e distante no norte da Europa. Afinal, localizada na Península Escandinava, a nação que conta com 5,5 milhões de habitantes geralmente é lembrada pelas baixas temperaturas em grande parte do ano.
Você sabia que a Finlândia é também reconhecida por possuir um dos melhores sistemas de educação do mundo?
É isso mesmo, o país escandinavo tem ocupado a 1ª posição nos últimos quatro rankings do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), responsável por medir a qualidade de ensino pelo mundo. Para se ter uma ideia, das 65 nações avaliadas, o Brasil ficou com a 53ª posição em 2010.
Uma das razões para o sucesso é a igualdade. No país, ricos e pobres têm acesso ao mesmo nível de ensino, já que da pré-escola ao ensino superior a educação é gratuita. O melhor de tudo isso é que esse sistema inclui estrangeiros, o que faz com que qualquer brasileiro tenha permissão para estudar gratuitamente no país.
Além da educação de alta qualidade, capaz de dar inveja a qualquer outro país europeu, as cidades finlandesas são limpas, seguras e bem estruturadas, o que faz delas um excelente destino para estudantes internacionais. Aliás, segundo dados do governo finlandês, atualmente o país conta com cerca de 6 mil estudantes de 40 diferentes nacionalidades.
E quando se trata de educação superior, a Finlândia possui 20 universidades e 28 instituições politécnicas. Todas são públicas e autônomas, inclusive, muitas estão listadas entre as melhores do mundo pelo ranking do Times Higher Education (THE). A principal diferença entre as instituições é que as universidades oferecem um ensino acadêmico baseado em pesquisa, fundamental para quem pensa em seguir a carreira com um mestrado ou doutorado. Já as politécnicas oferecem uma educação superior mais direcionada às necessidades do mercado de trabalho.
Você deve estar pensando que para se inscrever em uma dessas instituições é necessário dominar uma das línguas do país, no caso, o finlandês ou sueco, não é mesmo? Errado! Como 99% da população é fluente em inglês, existem no país mais de 400 programas lecionados em inglês. Mesmo assim, apesar do fácil acesso ao sistema de ensino, o estudante precisa provar que está preparado. Entre as exigências, estão a comprovação de ensino médio completo e a certificação de proficiência na língua inglesa, esta comprovada por meio de exames como Cambridge, IELTS ou TOEFL. Em caso de cursos de mestrado ou doutorado, deve-se apresentar também o histórico escolar da graduação.
Vale destacar que o país também possui vagas para o programa de bolsas Ciências sem Fronteiras. Porém, tanto os estudantes interessados no CSF quanto os interessados em um intercâmbio universitário comum devem procurar a Centro Para a Mobilidade Internacional (CIMO). Essa agência é vinculada ao Ministério da Educação e Cultura da Finlândia e é responsável pelo processo de inscrição dos estudantes internacionais nas universidades.
Apesar da gratuidade do ensino, para solicitar o visto é necessário depositar em um banco finlandês a quantia de 6.720 Euros (cerca de R$ 22.200,00) destinados às despesas do estudante no país. O visto também oferece a possibilidade de trabalhar num cargo part-time. Entretanto, vale lembrar que encontrar emprego na Finlândia não tem sido missão das mais fáceis. Afinal, além de não ter passado ileso pela crise econômica, vagas no setor de serviços como bares, restaurantes e supermercados exigem o domínio das línguas oficiais do país.
Para se inteirar mais sobre a educação no país, confira o documentário abaixo:
Este texto foi revisado por Camilla Gómez.
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