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ETIAS: novo sistema de entrada de estrangeiros na Europa é adiado para o final de 2026

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorisation System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — teve novo adiamento e começará a valer no final de 2026, conforme anunciou a Comissão da União Europeia.

A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e se aplica a 30 países europeus (veja lista mais abaixo).

Inicialmente programado para 2021, o sistema teve sua implantação adiada várias vezes devido a desafios técnicos e logísticos relacionados à segurança das fronteiras europeias.

O que é o ETIAS?

ETIAS tem início novamente adiado para o final de 2026. Foto: Envato

O ETIAS é um sistema eletrônico de autorização de viagem destinado a viajantes de aproximadamente 60 países que atualmente não precisam de visto para entrar no Espaço Schengen. Esse sistema tem como objetivo reforçar a segurança interna da UE, exigindo que esses viajantes obtenham uma autorização prévia antes de ingressar nos territórios abrangidos.

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A autorização do ETIAS custará 7 euros para viajantes entre 18 e 70 anos e será válida por três anos ou até a expiração do passaporte, o que ocorrer primeiro. O processo de solicitação será feito inteiramente online e espera-se que a maioria dos pedidos seja aprovada em poucos minutos.

De acordo com a Comissão da União Europeia, o sistema verificará as credenciais de segurança dos viajantes que visitam os países-membros da área Schengen para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito.

Vale lembrar que o ETIAS não é um visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de visto para visitar a Europa (os brasileiros estão entre eles, veja a lista nesta matéria).

Ah, e para quem viajar para a Irlanda, nada vai mudar, já que o país não pertence à área Schengen. Mas há possibilidade que o país crie algo parecido ao novo sistema europeu.

Quer saber mais detalhes? Continue lendo!

Porque o ETIAS foi criado?

Crise imigratória na Europa é um dos motivos para a criação do sistema de segurança ETIAS. Foto: Mitchel Lensink/Unsplash

“Tolerância não pode ter como preço a nossa segurança. Precisamos saber quem está cruzando nossas fronteiras. Defenderemos nossas fronteiras com a nova Fronteira Europeia e a Guarda Costeira. Defenderemos nossas fronteiras controlando todos que passam por elas”, disse o então presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, na época em que anunciou a criação do ETIAS, em 2016.

Mas, antes que você comece a pensar que a medida é mais uma forma de restringir o acesso a não europeus no Velho Mundo, relaxe. Apesar de afetar a comunidade estrangeira em viagens pela Europa, a iniciativa nada mais é que uma ação para conter a entrada de terroristas e imigrantes ilegais nas fronteiras do continente.

A crise migratória dos últimos anos, tida como a mais problemática desde a Segunda Guerra Mundial, tem exigido dos países-membros da União Europeia muitos esforços no sentido de interromper a série de ataques que ocorreram nos últimos meses.

O tema, por exemplo, foi um dos fortes argumentos para a saída do Reino Unido do bloco Europeu, já que muitos ingleses acreditam que o Reino Unido deve criar restrições a imigrantes, além de exercer uma política econômica independente.

Motivo do adiamento do ETIAS para 2026

O principal motivo para o novo adiamento é a necessidade de finalizar a implementação do Sistema de Entrada/Saída (Entry/Exit System – EES), um mecanismo que registrará eletronicamente as entradas e saídas de viajantes de fora da UE. O EES está agora previsto para outubro de 2025, sendo um elemento essencial para que o ETIAS possa entrar em operação.

As autoridades europeias destacaram que os adiamentos visam garantir a segurança e a eficiência do sistema, prevenindo possíveis falhas na integração das plataformas tecnológicas e na capacitação de agentes de fronteira.

Impactos para os viajantes

Com a nova previsão para 2026, turistas e viajantes de negócios que planejavam visitar a Europa nos próximos meses ainda não precisarão se preocupar com essa exigência. No entanto, especialistas recomendam que viajantes fiquem atentos às atualizações oficiais do ETIAS para evitar surpresas quando o sistema for finalmente implementado.

Alerta contra fraudes

Diante do aumento de sites falsos oferecendo serviços relacionados ao ETIAS, a União Europeia alerta que a solicitação da autorização será realizada apenas por meio do site oficial do ETIAS. Viajantes devem evitar pagar taxas excessivas ou fornecer dados pessoais a plataformas não oficiais.

Como vai funcionar o ETIAS?

Etias funcionará como um rastreador de viajantes pela área Schengen. Foto: Reprodução

European Travel Information and Authorisation System (ETIAS) é bem similar ao sistema de controle que existe nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Nos EUA, a medida foi adotada logo após o ataque de 11 de setembro.

Realizado online e anterior à data da viagem, o registro funcionará como uma triagem, indicando se o requerente é elegível ou não para entrar no continente e, inclusive, identificando se ele representa algum tipo de ameaça — um recurso adicional para controle da entrada de viajantes em toda a Europa

Atualmente, cidadãos provenientes de países terceiros, ao entrar no espaço Schengen e na UE, têm apenas o passaporte como informação. No entanto, com o ETIAS, o viajante precisará informar dados pessoais, motivo da viagem e roteiro que pretende realizar, antes mesmo de embarcar.

Dessa forma, ao dar entrada em um dos países-membros, a informação já estará computada, fazendo com que o processo, além de mais seguro, passe a ser rápido quando comparado ao que existe atualmente.

Com isso, cidadãos não europeus, incluindo os brasileiros, continuam com a facilidade de transitar entre os países que compõem o acordo por até 90 dias, sem a necessidade de visto específico prévio, mas terão que passar pela triagem a partir desse registro online.

Países que vão exigir o ETIAS:

  • Áustria
  • Bélgica
  • Bulgária
  • Croácia
  • Chipre
  • República Checa
  • Dinamarca
  • Estônia
  • Finlândia
  • França
  • Alemanha
  • Grécia
  • Hungria
  • Islândia
  • Itália
  • Letônia
  • Liechtenstein
  • Lituânia
  • Luxemburgo
  • Malta
  • Holanda
  • Noruega
  • Polônia
  • Portugal
  • Romênia
  • Eslováquia
  • Eslovênia
  • Espanha
  • Suécia
  • Suíça

Cidadãos de países que vão precisar ter se registrar ETIAS para viajar à Europa:

  • Albânia
  • Antígua e Barbuda
  • Argentina
  • Austrália
  • Bahamas
  • Barbados
  • Bósnia e Herzegovina
  • Brasil
  • Brunei
  • Canadá
  • Chile
  • Colômbia
  • Costa Rica
  • Dominica
  • El Salvador
  • Geórgia
  • El Granada
  • Para Guatemala
  • Honduras
  • Hong Kong
  • Israel
  • Japão
  • Kiribati
  • Macau
  • Malásia
  • Ilhas Maurício
  • México
  • Micronésia
  • Moldávia
  • Montenegro
  • Nova Zelândia
  • Nicarágua
  • Macedônia do Norte
  • Palau
  • Panamá
  • Paraguai
  • Peru
  • São Cristóvão e Nevis
  • Santa Lúcia
  • São Vicente e
  • Granadinas
  • Samoa
  • Sérvia
  • Seychelles
  • Cingapura
  • Ilhas Salomão
  • Coreia do Sul
  • Taiwan
  • Timor-Leste
  • Tonga
  • Trindade e Tobago
  • Tuvalu
  • Ucrânia
  • Emirados Árabes Unidos
  • Reino Unido
  • Estados Unidos da América
  • Uruguai
  • Venezuela

Outras novas medidas de segurança na Europa

Mas o sistema de registro está longe de ser a única medida adotada para proteger o continente da desenfreada ameaça terrorista. Segundo publicado pela Comissão Europeia, quatro outras ações aumentam a segurança nos diversos acessos ao continente.

O EU Entry-Exit System (EES), um sistema diretamente relacionado à área Schengen evita, por exemplo, que o viajante exceda o limite de 90 dias de livre circulação pelos 26 países que congregam o acordo.

Sendo assim, o controle é muito mais rigoroso, com a utilização de impressão digital e outras tecnologias de identificação.

Tenho planos de estudar na Europa. Isso me atrapalhará?

Sistema ETIAS não deverá funcionar na Irlanda. Foto: Reprodução

A medida vem sendo adotada para evitar mais problemas associados ao terrorismo. Atualmente, por questões estruturais, econômicas e políticas, alguns países europeus não têm fronteiras protegidas de forma rígida, e são exatamente essas brechas que a Comissão Europeia pretende estancar.

Por não fazer parte do Tratado de Schengen, a Irlanda não integrará o sistema. Porém, por fazer parte da União Europeia, a Ilha também terá que adotar medidas mais enérgicas para proteger suas fronteiras. Tais medidas ainda não foram anunciadas.

Leia também: Europeus estão mais otimistas sobre a União Europeia

O não pertencimento da Irlanda à área Schengen gera muita confusão, inclusive entre os europeus, já que a Ilha faz parte da União Europeia. O Tratado de Schengen visa fornecer regras de fronteira uniformes para todos os países da zona do Euro.

De acordo com o site da ETIAS, “a Irlanda pode decidir aderir ao Tratado de Schengen ou pode decidir que é melhor usar o sistema ETIAS após considerar as possíveis vantagens de rastrear os visitantes com antecedência”.

Quanto vou pagar para entrar na Europa?

O valor para estar quite com o ETIAS é de 7 euros. Estima-se que ele vai render até 2 bilhões anuais aos cofres europeus, uma vez que, segundo a World Tourism Organisation, a Europa é o maior destino de turismo da atualidade, com, pelo menos, 602 milhões de visitantes por ano.

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edublin Press

Este artigo é de autoria da assessoria de imprensa do edublin. Ele foi elaborado com o objetivo de agregar conteúdos relevantes e curiosidades sobre a Irlanda e viagens ao nosso site. Para mais informações, escreva para jornalismo@edublin.com.br

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