Mesmo sendo um país desenvolvido, a Irlanda não está ilesa a problemas sociais, entre eles, os relacionados a crianças e adolescentes. Tanto que, de acordo com dados oficiais do governo, atualmente existem cerca de 4500 crianças em cuidados de terceiros no país, o que é chamado de foster care.
No país, uma criança ou adolescente é encaminhada para foster care quando impossibilitadas de viver com a própria família – seja por um curto ou longo período de tempo. Entre as razões estão: negligência, maus tratos, morte de familiares, abuso ou violência em casa – ou até mesmo questões econômicas, como falta de emprego dos pais.
Segundo a Tusla, agência responsável por recrutar e treinar famílias e pessoas interessadas em abrir suas casas para crianças que necessitam de suporte, qualquer pessoa pode se inscrever para ser um foster carer.
Ou seja, são elegíveis pessoas de diferentes culturas e nacionalidades, casais, solteiros, etc. Entretanto, é necessário estar apto a fornecer um lar estável para a criança, não ter histórico de violência ou passagem pela polícia, demonstrar paciência e flexibilidade, além de estar disposto a atender cursos e treinamentos para se inteirar e aperfeiçoar sobre o tema.
Os interessados em se tornar um foster carer devem, primeiramente, entrar em contato com a Tusla e se inscrever. A agência vai analisar o cadastro e agendar uma visita à residência dos candidatos. Também serão checadas referências e requisitos. No final, um comitê vai decidir se o candidato é ou não elegível.
Além de todo o suporte e estrutura oferecidos pela agência, o foster carer recebe semanalmente entre 325 e 352 euros para contribuir com as despesas básicas da criança em seu cuidado, como educação, vestuário e alimentação.
Processos de adoção são morosos e complexos na maioria dos países, e, claro, na Irlanda essa situação não é diferente.
Segundo a Tusla, que também orienta e regula as adoções no país, nos últimos anos a adoção de uma criança irlandesa tornou-se cada vez mais rara. Com isso, residentes no país interessados em adotar uma criança são orientados a olhar para o exterior, num processo que é chamado de adoção internacional.
Num aspecto geral, o processo de adoção dura, em média, de 9 a 15 meses, podendo ser mais longo. Para se inscrever é necessário ter mais de 21 anos e residir no país. Não há restrições de sexo e também não é necessário ser casado para ser elegível.
Revisado por Tarcísio Junior
Imagens via Shutterstock
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