Geleira extinta na Islândia alerta sobre aquecimento global

Em época de protestos contra o aquecimento global, com Greta Thunberg chamando a atenção da nova geração sobre o assunto, um país pequeno, que cresceu com o turismo durante a última década, tem sentido no gelo e no número de visitantes o impacto com o problema ambiental.

Em 2019, o mundo presenciou a extinção do Glacier Okjökull, um dos mais imponentes da Islândia. Foto: Reprodução

A Islândia é considerada o marco zero para as mudanças climáticas. No mês de julho, uma de suas 300 geleiras desapareceu. As que sobraram estão derretendo. Uma das mais famosas, a geleira Sólheimajökull está recuando 800 metros a cada ano desde 2009. Já a geleira Okjökull diminuiu tanto que perdeu o reconhecimento como geleira.

A geleira Okjokull tinha 3km quadrados em 1978, mas comparação de fotografias mostram que em 2019 só lhe resta menos de um quilômetro.

Um dos principais atrativos para turistas, as geleiras alimentam a economia do país, que já viu ter seu turismo crescer 38% de um ano para outro, mas que em 2018 cresceu apenas 5%.

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A segunda maior indústria do país, a pesca, também depende de oceanos saudáveis ​​e temperaturas estáveis ​​da água, que estão em risco devido às mudanças climáticas.

E em algumas geleiras existem vulcões, com maior probabilidade de entrar em erupção porque há menos gelo.

A Islândia é, de fato, um dos países onde é mais visível, constante e fácil de constatar os resultados do aquecimento global. Por isso, o governo islandês está bem mais preocupado e se prepara para emissão zero de carbono até 2040.

Leia Também: Quatro Motivos para Conhecer a Islândia?

Outros países como a Irlanda apresentam o mesmo objetivo para 2030. A Europa como um todo está engajada em projetos que desacelerem as mudanças climáticas.

Apesar disso, lideranças mundiais não têm cumprido compromissos com o meio ambiente. Os Estados Unidos deixaram o Acordo de Paris em novembro de 2019. Já o Brasil também acena para o mesmo lado.

A esperança é de que 187 nações de 193 do mundo sigam dentro do acordo, que visa controlar o aquecimento global e definir regras para a emissão de gás carbônico a partir de 2020.

Rubinho Vitti

Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017. Foi editor e repórter nas áreas de cultura e entretenimento. Também é músico, canceriano e apaixonado por arte e cultura pop.

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