Na semana dos LGBTQ+ na Irlanda, abrimos caminho aqui para as meninas, com um roteirinho de onde acontece o burburinho gay entre elas na Ilha.
Cidade Gay friendly, referendo popular para aprovação do casamento igualitário, um premiê e uma miss assumidamente gays. Embora, até 1993, fosse proibido ser gay na Ilha Esmeralda, após a aprovação do referendo para o casamento igualitário, que aconteceu em 2015, é mais comum encontrar casais homossexuais de mãos dadas ou trocando carinho nas ruas irlandesas.
Bares e baladas específicos para esse público já são igualmente mais comuns — assim como baladas com a frequência de ambos os públicos em harmonia. Mas, hoje, vamos falar especificamente das meninas! Conheça o cenário lésbico da vida irlandesa!
A brasileira Fabiana Belloto, 35 anos, está em Dublin há cinco anos e encontrou na cidade um lugar para chamar de seu. Viajou com o intuito de passar 6 meses estudando inglês e acabou se apaixonando por uma espanhola com a qual se casou. Com o Stamp 4, que a possibilitou ter um trabalho e residência, ela permaneceu na cidade mesmo depois do fim do relacionamento.
Há cerca de 9 meses, Fabiana conheceu a brasileira Juliana Lima, de 31 anos, que está há pouco mais de um ano na cidade, também para estudar. As duas se “esbarraram”, como contam, na The George e foi só depois de vários retornos à balada até se reencontrarem pelas redes sociais do bar que, enfim, marcaram um encontro.
“Ficamos noivas em Londres há duas semanas”, comemora Juliana. Fabiana também celebra o encontro, porém conta que as baladas, em geral, não são muito favoráveis para os relacionamentos afetivos. “Irlandês bebe demais e, no dia seguinte, ninguém lembra de nada”, comenta ela.
No que diz respeito ao preconceito, as duas concordam que o europeu é mais aberto. “A parada gay daqui, por exemplo, é repleta de velhinhos, crianças e héteros”, diz Fabiana. Já Juliana revela que ainda existem pessoas que olham com estranhamento e ressalta que não há muitas baladas exclusivas para as mulheres.
Segundo Vilar Cunningham, desenvolvedor do aplicativo, o grande diferencial é que homens não acessam. Assim, as meninas podem curtir sem o problema de perfis fakes — criados por muitos homens em aplicativos do tipo —, tornando o ambiente confiável e favorável para a paquera.
Outro benefício são os filtros, já que “é possível fazer um filtro pela região que prefere, seja durante uma viagem ou o bairro onde mora”, explica ele.
De acordo com Cunningham, o app é gratuito e já tem versões em português, inglês, espanhol e francês e entre os países com o maior número de usuárias, estão Estados Unidos, Brasil, Portugal, Irlanda e UK.
Cork
Muito sobre o cenário gay de Cork pode ser conhecido aqui.
Chambers Bar (Ruby Lounge): aberto de terça a domingo, o Chambers é um dos mais famosos bares da cena gay de Cork, e é às quintas-feiras que acontece a Lesbian Night. Fica na Washington St. — entre a Lower Cross & South Main — Cork.
Dublin
O Outhouse LGBT Resource Centre & Café propõe um espaço para encontros e bate-papos para LGBTs, amigos e familiares. Consulte sobre o funcionamento e horários no site. Fica na 105, Capel Street, Dublin 1.
Um dos bares LGBTs mais icônicos de Dublin, o The George também tem um espaço destinado a shows que vão desde a performances de drag queens a apresentações musicais e de humor. Funciona de quarta a domingo.
De segunda a segunda: assim é a curtição para os fãs do Pantibar, que fica na 7-8 Capel Street, Dublin 1.
Outro espaço para curtir é o Crush Girl Club, um evento que ocorre no Lafayette Club, 22-25 Westmoreland St., Dublin, exclusivamente para mulheres.
Limerick
O bar Strokers fica na 17, Upper William Street, e funciona de segunda a domingo. Bar e danceteria com programação variada.
Imagens via Dreamstime
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