Guia prático de como alugar carro para uma roadtrip na Islândia
3 anos atrás
Seguro Viagem
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De volta à terra da água e do fogo, hoje nosso tema é a escolha do carro. Se você, como eu, optar por desbravar a Islândia com calma e com muita disposição para ficar boquiaberto a cada quilômetro percorrido, sem aquela marcação cerrada e necessária na viagem em tours, alugar um carro é a sua melhor opção, mas a pergunta é: que tipo de veículo devo escolher?
A primeira coisa que eu não posso deixar de recomendar é: vá para a Islândia em grupo. Desde que cogitei a terra do Hákarl (peixe podre) como destino, sabia que esse não seria um local para se viajar sozinha. Por quê? A Islândia é um país deslumbrante, mas, ao mesmo tempo, inóspito, e como você já deve ter descoberto, também é muito caro. E caro mesmo! Por isso, para desbravar o pequeno país, além de muita organização, faz-se necessário também minimizar gastos, e em grupo essa economia é bem possível.
Foi assim que convidei a minha super companheira de viagem, a Diana Cunha, para encarar uma roadtrip pela Ring Road, na Islândia. Para garantir que faríamos a melhor escolha do carro e das questões imprescindíveis para enfrentar as estradas islandesas no inverno, escolhemos a empresa Lava Car Rental porque ela ganhou o prêmio RentalCar de Empresa de Locação de Carros Preferida pelos Clientes na Islândia e possui excelentes avaliações online.
O que é exigido para se alugar um carro na Islândia?
- Ter mais de 20 anos
- Ter, pelo menos, 1 ano de carteira
- Apresentar um cartão de crédito ou débito válido (Visa, Mastercard, American Express, Diners Club e Union Pay)
A melhor escolha do carro depende da estação do ano
A escolha do carro está relacionada diretamente à época do ano da sua road trip pela Islândia. Nosso objetivo era a Aurora Boreal. Por isso, viajamos no inverno e, como comentamos, nossa melhor opção era alugar um 4×4.
O motivo principal era a segurança. Com vias cobertas de neve, clima instável e possibilidade de fechamento de estradas, no inverno, por lei, o veículo precisa ter tração nas quatro rodas. Sem falar que, principalmente para quem pretende fazer a Ring Road, o 4X4 permitirá explorar, sem grandes restrições, terrenos não pavimentados.
Porém, essa exigência não é a mesma no verão, quando o clima é muito menos desafiador, sem a incidência de neve e, consequentemente, sem a necessidade de veículos grandes. Se você for fazer apenas os roteiros clássicos, como o Golden Circle, um carro comum dará conta sem problemas, e isso mesmo no inverno.
Que tal alugar uma campervan?
Precisamos confessar. Voltamos da viagem desapontadas por não termos alugado uma campervan. Se, por um lado, paga-se um pouco mais para alugar uma campervan, tanto pelo aluguel, quanto pelo consumo maior de combustível, por outro, além da economia com a acomodação, a campervan permite uma liberdade ainda maior.
Como havíamos pensando, a campervan nos permitiria aproveitar ao máximo a incidência solar, sem a necessidade de ficar olhando para o relógio para chegarmos à acomodação antes do escurecer, coisa que, no inverno, acontece cada vez mais cedo. Ter a liberdade de parar em um dos muitos parkings e transformar o nosso transporte em uma minicasa não tem preço. Sem falar que a Islândia oferece uma infraestrutura impecável para quem opta pelas campervans. Os campings podem ser encontrados em todo o país, com banheiro e inúmeras facilidades. É possível, por exemplo, adquirir um CampingCard para ter acesso a todos os campings ao redor da Islândia.
Vale ressaltar que, na Islândia, não se pode parar em qualquer lugar. Então, se você escolher alugar uma campervan, baixe o mapa dos estacionamentos. Eles são pagos e funcionam super bem.
Mas infelizmente tivemos que aplicar a resiliência e nos contentarmos com um jeep 4×4 normal. Que, por sinal, foi incrível. Por que desistimos da campervan? Lembra quando citei lá em cima que a Islândia é um destino para se fazer em grupo? Pois é, no início da nossa viagem éramos 4. Porém, no decorrer do planejamento, faltou afinidade e acabamos com o dueto original. No final, os custos de uma campervan sairiam 40% mais caros.
Leia também: Como é dirigir no inverno na Islândia?
Como abastecer na Islândia?
Acredite! Não é nenhum bicho de sete cabeças. Confesso: durante o nosso planejamento, lemos muita coisa que, apesar de ter nos ajudado a entender como é o sistema de abastecimento no país, também nos deixou bastante confusas. Mas, no final, é muito mais simples do que parece.
Para economizar, recomenda-se adquirir um cartão pré-pago de abastecimento, já que os postos de combustíveis não aceitam dinheiro. É tudo automatizado, muito eficiente, e tudo o que você vai precisar é do seu cartão de crédito.
No nosso caso, a empresa onde alugamos tem parceria com redes de postos, o que já garantia um super desconto. Foi tudo muito simples. E como o abastecimento é pago antecipadamente, assim que atingir o volume solicitado, a bomba para de forma automática.
Quais são os maiores desafios de dirigir na Islândia?
Essa é fácil responder. A mesma em qualquer lugar do mundo! Porém, não podemos negar que as condições climáticas imprevisíveis acrescentam uma pitada a mais no quesito CAUTELA.
- Dirigir na neve exige alguma prática. Descobrimos no site da Road.is, por exemplo, que existem, pelo menos, sete diferentes tipos de gelo ou neve. Oi??? Isso mesmo! Cada um deles acrescenta riscos distintos. Então, não dá para dirigir igual em toda superfície de gelo, pois as adversidades podem mudar de uma para a outra.
- Para quem vem do Brasil, dirigir do lado esquerdo do volante é tranquilo. No meu caso, que sou habilitada na Irlanda, dirigir do outro lado do volante trouxe uma tensão a mais. Minha amiga e copilota foi essencial para me lembrar quando eu insistia em dirigir do lado oposto da rodovia! Por segurança, evitei conduzir no perímetro urbano, e deu tudo certo.
- Dirigir na Islândia é perigoso? Isso dependerá de você! Com responsabilidade e cautela, respeitando as informações do Road.is e, mais importante, a previsão do tempo, tudo dará certo. Em nosso caso, ambas éramos inexperientes em conduzir na neve. No meu, ainda tinha a questão de dirigir do lado aposto ao que estou acostumada. Então, para evitar qualquer transtorno, estabelecemos algumas regras entre nós, para garantir a segurança durante a road trip. Respeitamos do início ao fim, e foi tudo incrível.
- Você vai gastar muito com combustível? Vai. Como já falamos por aqui, tudo na Islândia é relativamente caro, e não seria diferente com o combustível. Por outro lado, não existem pedágios nas estradas islandesas. O único custo adicional será o pagamento do túnel Vadlaheidargong, em Akureyri, para quem segue em direção ao Norte do país. O pagamento precisa ser realizado, no máximo, em 3 horas, desde o momento em que você passa por ele. Caso não faça o pagamentos dos 1500ISK, uma multa adicional de 2500ISK será incluída, cerca de 30 euros no total.
- As estradas são fáceis de dirigir? Considerando a Ring Road (Route 1), que cruza todo o país, é praticamente uma reta só. Mas, isso não significa que seja tão tranquilinho assim. É verdade de dirigimos por quilômetros sem cruzar com outros carros. Porém, não existe acostamento e, muitas vezes, com a rodovia coberta de neve, é bem desafiante perceber o limite da sua mão. Cautela, cautela, cautela, especialmente nas ultrapassagens.
- Fique atento ao estacionar. O maior desafio aqui é saber onde se está parando o carro. Como fomos no inverno, a neve esteve presente em boa parte do nosso trajeto e, quando se fala em neve, deve-se levar em consideração espessura, tipo de neve e, mais importante, o que existe ali debaixo dela. Uma dica que damos é: quando você não tiver certeza de onde parar, consulte o nosso queridíssimo Google Maps para certificar a região onde você pretende estacionar. Vimos gente que calculou mal e acabou atolando por falta desse cuidado.
- Lembre-se! As multas de trânsito na Islândia são indecentes. Então, não queira ter o aborrecimento de infringir nenhuma regra. As multas por excesso de velocidade são as mais comuns. É realmente tentador dirigir em estradas tão bem cuidadas e pouco movimentas, principalmente no inverno. Porém, quem avisa amigo é.
- Dirigir na neve exige uma série de cuidados. O mais importante é: NUNCA FREIE BRUSCAMENTE. A superfície com gelo faz o carro derrapar, e controlar o veículo exige muita técnica. Manter uma distância considerável, além de reduzir a velocidade é super aconselhável. Descobrimos na Islândia que existem, pelo menos, 7 tipos de estágios de degelo, e os pneus se comportam diferentemente em cada um deles. Ou seja, depois de alguns dias dirigindo na neve, é comum ignorar esse fato e achar que toda neve é igual. Acredite! Não é não!
- Na Islândia, tem umas pontes bem exóticas de mão única. Pois é. E não tem semáforo indicando de quem é a vez de passar. É tudo no olhômetro mesmo. Você logo se acostuma, mas mantenha sempre o olhar atento quando se aproximar de uma delas, pois ter que dar a ré em uma ponte estreita e ainda com neve, certamente, não é uma experiência pela qual você vai querer passar.
- E por último, a mais clássica! Se beber não dirija. Se bem que, na Islândia, bebida alcoólica custa uma fortuna.
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